O Ministério Público do Trabalho (MPT) e representantes de movimentos sindicais de Alagoas debateram estratégias para promover o fortalecimento das lutas sindicais e sociais diante dos graves efeitos que deverão ser ocasionados com a execução da reforma trabalhista, que entra em vigor no mês de novembro. O assunto foi discutido em audiência que reuniu sindicatos, federações e centrais sindicais de diversos ramos de atuação.
Cássio Araújo afirmou que a formação dos sindicatos será essencial para unir o movimento e defendeu os sindicatos como a base de sustentação de direitos. “A nível de Ministério Público do Trabalho, tem-se procurado uma aproximação maior com o movimento sindical, dentro do entendimento de que o sindicato é essencial para a melhoria das condições de trabalho, das condições de vida em geral e para a defesa da legislação trabalhista. É perceptível que o movimento sindical enfrenta problemas, por isso temos buscado compreender a situação para buscar formas de superar essas questões”, explicou.
Os representantes sindicais presentes na audiência destacaram a importância da iniciativa pela qualificação e conscientização sindical, e citaram a necessidade de unirem forças em torno do bem comum – o do fortalecimento e garantia de direitos. Os sindicatos explanaram que já vem realizando discussões com as categorias, diante da preocupação com o desemprego e com as reformas e ressaltaram que estão provocando audiências públicas com os legislativos municipal e estadual, a fim de massificar a necessidade do fortalecimento sindical junto à sociedade.
A necessidade do fortalecimento sindical em Alagoas, discutida em audiência na sede do MPT, teve a participação do Sindicato dos Bancários, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos (Sindpetro), Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), Sindicato dos Agentes de Saúde (Sindas), Força Sindical, Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (DIEESE), Sindicato dos Professores (Sinpro), Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança, Vigilância de Valores e Similares (Sindvigilantes), Sindicato dos Bombeiros Civis, Sindicato de Movimentação de Mercadorias (Sintral), Sindicato de Empregados em Entidades Culturais e Recreativas (Senalba), Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio, Conservacao, Limpeza Urbana e Similares no Estado de Alagoas (SINDLIMP/AL), Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo (Sitramico/AL), Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE).
Na próxima sexta-feira, 29, o MPT, as centrais sindicais e o DIEESE se reunirão em nova audiência para discutir as alternativas para implementação das ações voltadas ao fortalecimento sindical. O procurador do Trabalho Cássio Araújo, responsável, no MPT em Alagoas, pela Coordenadoria de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis), um representante do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (DIEESE) e um representante de cada central sindical já deverão propor estratégias para a criação e implementação de programas de formação sindical. A ideia inicial é mostrar aos trabalhadores a importância da função exercida pelos sindicatos e por seus dirigentes na luta por direitos e prepará-los, por meio de seminários e outras atividades, a seguirem com suas ações a partir das mudanças ocasionadas pela reforma trabalhista.