Collor é escalado para liderar bloco de oposição contra Renan Filho

João Mousinho – joao_mousinho@hotmail.com

O xadrez político de Alagoas teve uma reviravolta no dia de hoje, 31/7. Após uma longa reunião entre o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), o senador Benedito de Lira (PP) e lideranças de mais sete partidos, além de PSDB e PP, o senador Fernando Collor (PTC) se comprometeu em encabeçar a disputa ao governo do Estado contra Renan Filho (MDB).

A confirmação da candidatura de Collor será oficializada no domingo, garantiu lideranças partidárias presentes no encontro. “Collor é um quadro e Alagoas precisa de uma disputa de alto nível. Quem ganha é a democracia”, expôs uma das fontes.

A frente de oposição até aqui composta por: PTC, PSDB, PP, DEM, PSB, PPL,PROS, PSC e Patriota promete ter um tempo de TV equivalente ao do grupo de Renan Filho, “o que irá deixar a disputa equilibrada”, garantiu um dos integrantes da reunião.

As últimas pesquisas registradas demonstraram o número de desinteresse do eleitorado alagoano. O “WO” que vinha se configurando, agora ganha novos contornos. Collor deve abandonar a disputa presidencial e cair de cabeça na disputa majoritária na Terra dos Marechais.

O palanque da oposição até agora segue da seguinte forma: Collor, na disputa governamental, Benedito de Lira e Rodrigo Cunha (PSDB) na corrida pelo Senado. Ao lado de Renan Filho, estão pleiteando o Senado, Renan Calheiros, reeleição, e o deputado federal e ex-ministro dos Transportes, Maurício Quintella (PR).

Collor já deu uma demonstração de musculatura política ao ser eleito senador pela primeira vez em apenas 28 dias de disputa. Além de Collor, outros dois nomes, até aqui irão concorrer ao governo, Balise (Psol) e Josan Leite (PSL).

FATOR TEMER

O presidente Michel Temer (MDB) tem total interesse nas eleições em Alagoas.

Por que?

Temer tem o senador Renan Calheiros como principal opositor dentro do MDB, onde a disputa segue acalorada. Temer quer o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como presidenciável da sigla.

Renan, por sua vez, tenta surfar na popularidade de Lula e se nega a apoiar Meirelles. Para Calheiros, o petista segue sendo o melhor para o Brasil.

O contra-ataque de Temer foi direto, os “Calheiros”, agora, com a candidatura de Collor e de dois candidatos com potencial para se elegerem ao Senado terão que gastar suas energias em suas campanhas. Com isso, o caminho para Temer ditar as regras no MDB nacional segue aberto.

Se toda conversa na reunião, no dia de hoje, for concretizada Alagoas terá uma das eleições mais disputadas da história.

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