Aspol critica Governo por baixo efetivo e falta de estrutura nos CISPs

Da Redação

O presidente da Associação dos Servidores da Polícia Civil de Alagoas (Aspol), Hebert Melanias, e o diretor financeiro da entidade, Lopes Júnior, concederam essa semana entrevista ao jornalista Cícero Filho, no programa Folha na TV.

Dentre os vários temas abordados, as condições atuais da Policia Civil de Alagoas, mereceu destaque. Melanias disse em que relação aos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), graças ao bom trabalho da Delegacia Geral de Polícia Civil e da Gerência de Estatística e Informática, houve a compra de mais de mil armas, coletes e algemas. Estando, nesse aspecto, bem servida a Polícia Civil do Estado.

Quanto à parte estrutural dos prédios, o presidente da Aspol disse que os CISPs parecem mais isopor. Algo em torno de R$ 1 milhão e 400 mil; tem a “tipo 2” que é mais de R$ 5 milhões, mas não valem nada. “São estruturas aparentemente bonitas, e é essa imagem que se vende para sociedade alagoana, mas, internamente, não valem nada”, destacou Hebert.

O diretor financeiro da associação, Lopes Júnior, relatou que trabalha no DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa), um prédio que tem pouco mais de 6 meses de construção e já apresenta necessidade de reparos.

Outro problema, apontado pelos dirigentes como o mais grave, é a falta de material humano, a escassez de concurso público para Polícia Civil de Alagoas. No entender do presidente da Aspol “a Polícia Judiciária está totalmente abandonada pelo Estado de Alagoas, sobretudo, no efetivo policial. Hoje nós temos apenas 1.473 agentes de polícia para todo o estado, onde precisaríamos de 4.000. Escrivães, precisamos de 310, temos algo em torno de 240. Delegados a lei prevê 210, temos somente 145 ativos”, ressaltou o dirigente.

Quanto à questão salarial os dirigentes informaram que a partir de janeiro haverá um aumento que irá melhorar um pouco a remuneração dos policiais civis, contudo, ainda está longe de ser o ideal, sobretudo, pelo nível de formação exigida desde 2006, que é ensino superior.

Resposta

Efetivo da Polícia Civil

Uma das principais preocupações do Governo do Estado tem sido investir em equiparação de pessoal. Estão em formação e devem em breve compor as fileiras do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar de Alagoas mais de mil novos soldados. Outro certame foi aberto para o preenchimento de mais 500 vagas para a PM. O governo também pretende realizar concurso para a Polícia Civil. Além disso, foram convocadas na atual gestão as Reservas Técnicas da Perícia Oficial e da Polícia Civil. É importante destacar que nos últimos quatro anos as polícias vem atuando de forma integrada e reduzindo índices de criminalidade, o que garantiu que Alagoas saísse do topo das listas de Estados mais violentos do país. Certamente com os novos soldados, policiais, peritos e bombeiros militares que ingressam na Segurança Pública, conseguiremos alcançar resultados ainda melhores.

Estrutura dos CISPs

A construtora responsável pelas obras dos Centros Integrados de Segurança utilizam as técnicas mais avançadas de construção modular, que garantem conforto e condições dignas de trabalho aos policiais civis e militares. Os prédios estão em conformidade com as normas de segurança também para os detentos. A fim de melhorar o projeto e garantir o sucesso dos CISPs, a Secretaria da Segurança Pública mantém contato com os gestores de cada unidade para avaliar eventuais problemas de estrutura. Uma das orientações repassadas é para que haja comunicação imediata em caso de detecção de alguma imperfeição no imóvel, para que a construtora seja acionada e sane o defeito.

*Secretaria de Estado da Segurança Pública – Assessoria de Comunicação

*Saiba mais na versão impressa da Folha de Alagoas, nas bancas.

Sair da versão mobile