A jogadora de vôlei Tifanny usou uma rede social para rebater críticas feitas pela ex-jogadora Ana Paula, que acusou a militância LBGTI de atacar Bernardinho “por dizer a verdade”. A polêmica teve início quando o treinador do Sesc-RJ se irritou com um ponto marcado por Tifanny na derrota do seu time para o Sesi-Bauru nas quartas de final da Superliga. Bernardinho chamou a jogadora do Bauru de homem, se referindo ao movimento feito pela jogadora, comum entre jogadores do vôlei masculino.
Em uma rede social, Ana Paula – medalha de bronze com a seleção brasileira na Olimpíada de Atlanta 1996 -, saiu em defesa de Bernardinho dizendo que a “minoria barulhenta quer empurrar a todo custo que sentimentos são mais importantes que fatos e biologia”.
Tifanny rebateu Ana Paula, acusando a ex-jogadora de perseguição e falta de conhecimento médico para avaliar a presença de jogadoras trans no esporte. Segundo Tifanny, Ana Paula teria enviado ao Comitê Olímpico Internacional (COI) uma carta condenando a participação da jogadora trans na Superliga feminina.
– Essa moça tentou novamente aparecer, oportunista. A senhora Ana Paula que nem no Brasil reside. Você se considera uma mulher americana, então vá cuidar das trans que jogam torneios americanos. Nos Estados Unidos tem muitas trans jogando e você não fala com nenhuma. Por que quer derrubar eu no Brasil? Aquela carta que você mandou para o COI é mentira, ninguém vai acreditar. Quem estudou o corpo de uma trans foi o Comitê Olímpico, não foi você. Você dilata homofobia disfarçada de palavras bonitas. Você está se baseando no achismo. Não implorei para jogar, é uma lei que existe para todas as mulheres trans. Todas as mulheres são mulheres. Você tem que ter talento, nível e estar nas regras. Não são todas as mulheres trans que têm talento, nível e estão dentro das regras e aptas a jogar voleibol. Ana Paula, vá cuidar das trans americanas e me deixe em paz. Você é uma pessoa que não existe, para o resto do Brasil só coração – desabafou Tifanny.
GE