Para completar calendário de 2020, Fórmula 1 mira Hockenheim e Indianapólis

A Fórmula 1 já confirmou as primeiras oito provas do novo calendário de 2020, adaptado devido a pandemia do coronavírus. No entanto, a categoria ainda precisa desenhar o resto da temporada dentro e fora da Europa. Os circuitos em Sochi (Rússia), Mugello e Ímola (Itália), Hockenheim (Alemanha) e Indianápolis (EUA) são prováveis alternativas para receber as provas da F1 após setembro.

Além da expansão do calendário, a F1 ainda precisa pensar no planejamento de eventos em pelo menos três continentes, já que se trata de um campeonato mundial. Antes de sair da Europa, porém, a categoria pretende realizar ao menos duas corridas no velho continente. Hockenheim, na Alemanha, é uma das candidatas, além de Ímola e Mugello, já que Monza não receberia uma segunda prova.

– Ficou claro para nós que ficaríamos de fora caso as restrições fossem suspensas na Inglaterra. Isso já aconteceu – disse Jochen Nerpel, um dos diretores de Hockenheim, abrindo possibilidade para uma prova alemã em outubro.

A F1 teria interesse na realização de etapas duplas na Rússia, que registra, até o momento, mais de 440 mil casos de Covid-19. O relativo isolamento de Sochi e a distância para a capital Moscou, um dos maiores focos do coronavírus no país possibilitariam a realização de corridas sem público, o que torna o circuito do parque olímpico uma boa alternativa.

As principais provas do Oriente Médio já estariam definidas. O circuito de Bahrein estaria aberto para a realização de uma rodada dupla, enquanto Abu Dhabi pretende manter-se como a final do campeonato. Na Ásia, a situação é oposta: Singapura, Vietnã e Japão já estariam fora de 2020.

O primeiro não conta com a realização de uma etapa sem público, enquanto o Vietnã vê desvantagens no curto intervalo entre as corridas de 2020 e 2021 em Hanoi. O Japão, sede das Olimpíadas em 2021, impôs uma restrição para viajantes de fora que não deve mudar antes de março do ano que vem.

Coronavírus e retorno a Indianápolis
Palco das últimas provas do calendário da F1, o continente americano enfrenta problemas maiores para garantir a inclusão na temporada 2020 da categoria. Os organizadores das provas no Brasil e no México manifestaram a intenção de realizar as corridas nas datas pré-estabelecidas – e com público.

Porém, a saúde pública é um grande empecilho: os dois países enfrentam uma grave crise diante da pandemia do coronavírus. O Brasil, até agora, registra 587 mil casos de Covid-19 e 32 mil vítimas fatais. Em São Paulo, sede do GP do Brasil, o número de infectados é de 72.171 pessoas. O México também vive situação semelhante, com 90.664 casos confirmados da doença e quase 10 mil mortos.

Nos Estados Unidos, a situação não é mais confortante: são 1.827.425 casos e pouco mais de 106 mil óbitos. Porém, as principais ligas esportivas do país estudam ou já deram início a um retorno seguro, sem público. É o caso das principais categorias de automobilismo, a Nascar, que já voltou a ativa desde maio, e a IndyCar, que dará início a temporada 2020 neste sábado, dia 6.

Com isso, o país se torna um candidato em potencial para receber mais uma prova da Fórmula 1. Porém, o autódromo de Austin não estaria em condições financeiras, o que abre caminho para o traçado misto do circuito de Indianápolis, que já recebeu provas da F1 no passado. Já garantido para receber eventos da Indycar em 4 de julho, 15 a 23 de agosto e 3 de outubro, o local estaria disponível após essas datas.

GE

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