Redação
A Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol, parte alta de Maceió, amanheceu com um grande congestionamento, nesta quarta-feira (2), em razão do protesto promovido por funcionários e ex-funcionários da empresa Veleiro. A faixa azul foi bloqueada.
Equipes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) foram deslocadas ao local. Os trabalhadores cobram salários atrasados e outros direitos trabalhistas. Os passageiros dos coletivos estão descendo dos veículos e seguindo a pé.
“Não aguentamos mais essa série de injustiças que a Veleiro tem feito”, disse um trabalhador.
Ontem, o Ministério Público do Trabalho se reuniu com uma comissão de trabalhadores demitidos da empresa Veleiro para discutir alternativas que possam minimizar a situação atual vivenciada por cerca de 140 rodoviários.
O MPT ajuizou uma ação civil pública contra a Veleiro Transporte e Turismo Ltda e Auto Viação Veleiro Ltda, no dia 19 de agosto, para pedir à justiça que as empresas realizem o pagamento de salários atrasados, férias, rescisões contratuais e outras verbas devidas, e aguarda a decisão liminar.
Uma das demandas que o MPT levará para a primeira audiência judicial sobre o caso, marcada para o dia 24 de setembro, na 7ª Vara do Trabalho de Maceió, é alguma solução para o pagamento, a curto prazo, do seguro-desemprego dos rodoviários demitidos. Os trabalhadores não assinaram as rescisões contratuais, por não concordarem com a demissão por justa causa ou em razão do Fato do Príncipe, e buscam a reversão dessa forma de demissão para terem acesso ao seguro-desemprego.
Durante a reunião, o procurador-chefe Rafael Gazzaneo também recomendou que os trabalhadores apontem quais são os bens de patrimônio das empresas Veleiro e dos seus sócios, como forma de auxiliar a justiça a recolher esses bens para que sejam destinados ao pagamento das verbas trabalhistas. Segundo Gazzaneo, a expectativa é que a audiência judicial também resulte em soluções para os usuários do transporte público da capital.
