Empresa de móveis planejados aplica golpes em dezenas de maceioenses

Da Redação

Em um único prédio, no bairro do Farol, ao menos sete moradores foram enganados pela empresa de móveis planejados Modulatto. O prejuízo ultrapassa os R$ 230 mil. O golpe era articulado por um casal, que mostrava os projetos, era prestativo e assinava contrato, aparentemente tudo dentro dos conformes. Mas no final, os produtos não foram entregues. O prédio é apenas uma parte das vítimas, que está na casa das dezenas.

A sede da empresa, que ficava na Avenida Jatiúca, foi fechada há alguns meses e ninguém encontra os proprietários, uma alagoana e o marido, natural do Rio de Janeiro, que estão sumidos e saíram das redes sociais.

Ao contrário dos móveis, o golpe era bem planejado. Por conta da atenção com os clientes, projetos modernos e prazos estipulados, nenhuma das vítimas desconfiava do esquema. Qualquer dúvida, era respondida através do Instagram da loja.

Contudo, quando chegava o limite de entrega, eles davam desculpa, adiavam algumas semanas, até que as pessoas começaram a desconfiar e procurar advogados, Procon e delegacias.

Em depoimento à polícia no fim de 2018, o casal tentou justificar o descompromisso com os clientes. Disse que a empresa estava ‘quebrada’ e que não havia recursos para devolver aos clientes

Em março, a pandemia foi a desculpa perfeita para os representantes da empresa sumiram. Segundo relatos, a mulher e o esposo estão em outros estados aplicando os mesmos golpes.

Na polícia, diversos Boletim de Ocorrência foram registrados. O escrivão, inclusive, disse que dezenas de pessoas têm prestado queixa nos últimos meses. Na Justiça, algumas ações foram ajuizadas por estelionato, o que levou ao bloqueio das contas da empresa, mas que não têm saldo algum.

Lilian Soriano foi uma das vítimas da trama. Conhecida da aplicadora do golpe, com quem estudou na faculdade, Lilian levou um prejuízo de R$ 7,8 mil. Por ter convivido com a golpista, ela nem suspeitou da falcatrua. “Como eu conhecia ela e a empresa ficava na mesma rua da loja do meu marido, a gente marcou uma hora. Eles foram até lá, mostraram o projeto bonitinho e fechamos o acordo, não suspeitamos de nada.”

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