Crise: 1.376 empresas fecharam as portas em Alagoas este ano

Redação – Leonardo Ferreira

A pandemia vem deixando consequências econômicas devastadoras. Segundo a Fecomércio-AL, 1.376 empresas alagoanas tiveram que encerrar suas atividades até então, o que provocou 27 mil postos de trabalho perdidos no primeiro semestre. A maioria no campo da indústria, que desempregou cerca de 20 mil, devido aos efeitos da Covid-19 junto ao período de entressafra. A seguir, com a extinção de 7 mil trabalhos de carteira assinada, vem o setor de comércio e serviços.

Em live, a assessora jurídica da Fecomércio, Andressa Targino, destacou que a recessão já existia e o coronavírus apenas piorou o cenário. “Boa parte das empresas já passava por algum tipo de dificuldade. A pandemia só acelerou o processo de fechamento”.

Nesta quarta-feira (30), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o desemprego no Brasil atinge mais de 13 milhões de pessoas. Em março de 2017, foi o momento de pior registro desde o começo das medições, 14,1 milhões.

No Nordeste, os números ultrapassaram a média nacional, com 20% dos empreendimentos fechados.
O turismo foi outro segmento afetado, cujas consequências são inestimáveis, embora não tenha atingido a alta temporada, entre o final e começo de ano.

“Alagoas tem 712 empresas de hospedagem. Em Maceió o mercado do turismo emprega em média 15 mil pessoas, direta e indiretamente. Mas neste ano, de março a julho tivemos uma taxa de ocupação histórica de 0%”, disse Andressa.

O amenizador da crise e que não deixou os impactos ainda mais devastadores, especialmente para os mais pobres, foi a criação do Auxílio Emergencial, por parte do Governo Federal. O valor de 600 reais e de R$ 1200 para mães solo, decidido após discussão do governo com os parlamentares da oposição, desafogou a economia.

“O auxilio emergencial veio para desafogar o empresário que não ia conseguir manter o funcionário, e ao mesmo tempo conseguiu injetar na economia o dinheiro que foi reaplicado com o consumo. Agora com a queda de 50% nos auxílios a economia vai sentir um pouco”, completou a assessora.

O grande desafio agora é como reconstruir a economia e retomar os empregos, na véspera do início do verão, período em que Alagoas normalmente cresce. Novos números serão divulgados em breve e os efeitos ficarão ainda mais claros, seja de melhora ou piora do cenário.

 

Andressa Targino, assessora tributaria Fecomercio

*com Assessoria

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