Leonardo Ferreira – Folha de Alagoas
A gestão do atual prefeito de Maceió, Rui Palmeira, vai terminando de maneira negativa, sem deixar saudades. Pelo menos é o que aponta a última pesquisa do Instituto Paraná, que divulgou as intenções de votos para a prefeitura de Maceió e, ao mesmo tempo, perguntou aos entrevistados como eles classificariam a administração de Rui Palmeira.
No levantamento, apenas 25,1% das pessoas classificaram como positiva a gestão do ex-filiado do PSDB, sendo 6% como ótima e 19,1% como boa. Outros 37,9% indagados apontaram como regular.
Ainda segundo a pesquisa, 34,7% dos entrevistados disseram que a gestão de Rui foi negativa. Desses, 9,3% avaliariam de forma ruim e 25,4% como péssima.
Os servidores públicos são uma das categorias que não suportam sequer falar no nome do prefeito, por todos os problemas ocorridos ao longo desses oito anos, sejam eles da saúde ou educação.
Em reportagem recente da Folha de Alagoas, os profissionais de saúde denunciaram a falta de equipamentos adequados e do pagamento do 13º salário, mesmo durante a pandemia do coronavírus, quando se esperava mais apoio a quem está na linha de frente no combate ao vírus.
“Eu não espero nada dessa gestão. A gente tem medo do candidato apoiado por ele. Quem o Rui apoiar, a gente vai votar ao contrário. Pode perguntar a todo servidor público municipal: Quem o Rui apoiar, a gente vai votar contra”, disse uma servidora na época.
Prometendo ser o “novo”, Rui Palmeira não cumpriu algumas de suas promessas, como o Maceió de Frente para Lagoa, uma proposta principal da sua reeleição, em 2016.
Vale lembrar que Rui Palmeira apoia o candidato Alfredo Gaspar (MDB) para ser seu substituto. Para 2022, devido à má avaliação, está praticamente descartado a candidatura de Rui para o Governo do Estado, mesmo com a parceria com o MDB, de Renan Filho.
Com a possibilidade de Marx Beltrão concorrer pela sigla ao governo estadual, talvez num embate contra Rodrigo Cunha, e descartado para o Senado, o que sobraria para o atual prefeito é tentar se eleger deputado federal na próxima eleição.