Limoeiro de Anadia: servidores denunciam perseguição à Folha de Alagoas e MPE abre investigação

Marcelo Rodrigues, prefeito de Limoeiro de Anadia (Foto: Cortesia)

Redação

Matéria publicada pelo Jornal Folha de Alagoas na página 7, onde diretores escolares do município de Limoeiro de Anadia e coordenadores denunciaram que foram exonerados dos cargos por perseguição do prefeito Marcelo Rodrigues, resultou numa ação do Ministério Público Estadual (MPE).

De acordo com a portaria, “considerado a proximidade do pleito eleitoral municipal vindouro, em que o chefe do Poder Executivo Municipal é, inclusive, candidato à reeleição, o que sugere ter ocorrido finalidade eleitoral com a prática dos mencionados fatos, e, a um só tempo, ato de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da administração pública”.

A promotoria determinou a instauração de procedimento preparatório quando houver necessidade de apurar e complementar as informações apresentadas antes de instaurar o inquérito civil público. O órgão busca explicações do município quanto aos fatos, bem como a identificação e oitiva dos servidores vítimas do prefeito.

A PERSEGUIÇÃO

A informação da exoneração em massa chegou aos servidores por meio de ligação, sem maiores explicações. Alguns foram convocados a ir ao Recursos Humanos da Secretaria de Educação, enquanto outros deveriam esperar em casa até a confirmação de saída.

Vale ressaltar que os gestores do município podem modificar os cargos comissionados. No entanto, às vésperas da eleição, causa estranheza mudanças profundas em cargos importantes de uma cidade, ainda mais no quantitativo que foi, com a peculiaridade que todos os removidos não apoiam a candidatura do prefeito vigente. Além disso, foi dito à reportagem que 50 servidores não efetivos de outras áreas foram destituídos pelo mesmo motivo.

Segundo denúncias, a perseguição aos que não apoiam a chapa de Marcelo tem sido corriqueira neste ano, mas o diferencial de agora é que se trata de uma demissão em massa. Ainda de acordo com relatos, outros funcionários comissionados preferem não se posicionar publicamente temendo sofrer represálias. “Estou topado com Marlan, mas não posso dizer em quem voto aqui na prefeitura. Tenho que criar minha família e o medo é de ir pro olho da rua”, confidenciou um servidor comissionado.

“Em um ano como esse, diante das dificuldades educacionais acarretadas pela pandemia, se compromete todo o trabalho de uma rede de ensino por motivos pessoais. Coloca-se o interesse pessoal e partidário à frente do compromisso com a educação de toda a população limoeirense”, desabafou uma coordenadora pedagógica.

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