Prefeito Kil Freitas confessa que fez contratos sem licitação para ajudar Zé Alfredo

Redação*

O atual prefeito de União dos Palmares e candidato à reeleição, Areski Freitas (MDB), conhecido como ‘Kil’, afirmou em discurso eleitoral recente que fez dezenas de contratos sem licitação para alugar máquinas do seu ex-vice, Zé Alfredo. O que o Kil Freitas parece não conhecer, é que isso se trata de um crime, confessado abertamente a todos.

Eles formaram a chapa eleita nas eleições municipais de 2016, mas romperam e os dois disputam, neste ano, a prefeitura de União dos Palmares.

Por isso, o atual prefeito proferiu tais palavras, com a tentativa de desqualificar o rival no pleito, mas acabou confessando irregularidades da sua gestão. As autoridades, ao tomarem conhecimento do fato, devem tomar medidas para apurar o caso.

“Quando assumimos a prefeitura de União com aquela votação esmagadora, o vice-prefeito atual me procurou e disse: Kil estou com as minhas máquinas paradas. Você pode alugar as minhas máquinas para prefeitura? Eu disse: posso Zé, vamos alugar as suas máquinas e ele colocou na prefeitura seis máquinas. Com pouco tempo depois ele voltou, quando viu que estava fazendo o calçamento da Santa Fé, e disse: Kil eu agora estou vendendo lá no posto pedra, areia e cimento. Queria que você comprasse lá no posto. Eu disse: bora comprar Zé. Tudo isso para não brigar.”, disse Kil.

Nas palavras do próprio prefeito, seu vice obteve 100 contratos com a Prefeitura para atender sua “base política”, tudo sem licitação.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Zé Alfredo contou que fez pressão para obter o comando da Secretaria de Assistência Social do município:

“Eu consegui trabalhar na Secretaria de Assistência Social no último minuto, no apagar das luzes, porque dei uma pressão e reclamei que era um absurdo eu não participar em sequer uma única secretaria do governo. Então foi quando ele tomou a secretaria da primeira-dama, Gabriela Freitas, e entregou a mim”.

Histórico
Neste ano, em julho, Kil Freitas já foi processado pelo Ministério Público Estadual de Alagoas (MP-AL), por improbidade administrativa.

Segundo a ação, o gestor deve responder pelo ato de apropriação indébita por reter os valores de empréstimos consignados descontados em folha de servidores público e não repassá-los à Caixa Econômica Federal. A retenção causou um prejuízo próximo a R$ 178 mil reais aos cofres do município, devido a cobrança de juros por parte da instituição financeira.

*com informações complementares do Antagonista e do BR-104

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