Redação
O candidato à Prefeitura de Lagoa da Canoa, Jairzinho Lira, é um velho conhecido da Polícia Federal. É acusado de desvio de merenda e peculato pelo órgão, em inquérito instaurado em 2010 e relatado em 2011 pelo delegado André Costa. À época, era gestor da pequena cidade do Agreste alagoano.
De acordo com as investigações, Jairzinho Lira agia com o apoio da mãe, pai (já falecido), irmã e esposa. As mulheres já foram parar atrás das grades. O prejuízo aos cofres públicos ultrapassaram R$ 340 mil.
Testemunhas confirmaram que familiares e o próprio gestor faziam compras pessoais no Supermercado 15 de Novembro e pagavam com o dinheiro da União. E que as sobras dos recursos eram repassadas à mãe de Jairzinho, conhecida como “Dona Bia”.
Segundo o TRF da 5ª Região, Jairzinho Lira “efetuou diversas compras de gêneros alimentícios, para si próprio e seus familiares (esposa, pai e irmã) utilizando-se, para tanto, de recursos destinados à aquisição de gêneros para compor a merenda escolar das escolas públicas do Município”.
À PF, a merendeira da Escola Governador Luiz Cavalcante relatou que nunca tinha visto cardápio do plano alimentar, o que foi asseverado por alunos.
Na Escola Governador Divaldo Suruagy, a qualidade da merenda era questionável e insuficiente. Faltava comida pelo menos oito vezes por mês.
Já na Escola João Angelino dos Santos, testemunhas disseram que os alunos ficavam sem lanche quatro ou cinco dias. O diretor era quem elaborava o cardápio.
Representantes do Supermercado 15 de Novembro confirmaram à Polícia Federal que o prefeito era o mentor do esquema de desvio de merenda.
Confira depoimentos de testemunhas: