Candidatos de concurso do TJ-AL reclamam e pedem adiamento das provas

Folha de Alagoas

Participantes do concurso para juiz substituto do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) se queixam da manutenção das provas por parte do órgão mesmo com o aumento no número de casos da Covid-19. Eles afirmam que 513 pessoas farão a prova presencialmente no mesmo local, o que representa um grande risco de contaminação para os inscritos e aplicadores.

A aplicação está prevista para os dias 8, 9 e 10 de janeiro e é referente à segunda etapa do concurso para juiz substituto. O local do certame será no Centro Universitário Mário Pontes Jucá (UMJ), no Barro Duro, com cinco horas de duração cada dia.

Nas regras presentes no edital, constam medidas de proteção sanitárias, como a obrigatoriedade do uso de máscaras e aferição da temperatura corporal. Contudo, diante do atual estágio epidemiológico e da aglomeração que será inevitável, alguns inscritos pedem compreensão e remanejamento das datas.

“Candidatos que prestam concurso para membro da magistratura dedicam-se anos a fio aos estudos, incansavelmente, para ver realizado o sonho de poder ajudar a população por meio da jurisdição. É desumano submetê-los a escolher entre vida e sonho, entre ficarem em suas casas e proteger a sua vida e de sua família ou ir realizar a prova e concretizar o sonho pelo qual tanto lutaram”, diz uma nota dos participantes.

Vale ressaltar que o TJ-AL suspendeu todas suas atividades presenciais até 31 de janeiro para preservação dos colaboradores e pessoas que frequentam o tribunal. Por outro lado, decidiu manter a aplicação das provas.

Um dos candidatos, que pediu para não ter seu nome citado, lembrou os riscos da continuação das provas, ainda mais para as pessoas de risco. Ele desabafou sobre a situação.

“Exatamente 8 dias depois da festa de Ano Novo, justamente no período em que o vírus contraído em tais festas estaria apto à contaminação, o TJAL pretende aglomerar 513 pessoas advindas de diversos Estados da Federação em um único local”, disse.

Procurado pela reportagem, o TJ-AL enviou a posição do juiz e presidente do concurso, Ygor Figueiredo, o qual afirmou que as autoridades sanitárias autorizaram a continuação do certame. “O concurso vai ser realizado normalmente. Antes de tomarmos essa decisão, conversamos com o Setor Médico do Tribunal, com a Fundação Carlos Chagas e com a Secretaria de Saúde do estado e todos disseram que não havia problema na realização do concurso, desde que resguardadas as medidas sanitárias”, explicou o juiz.

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