MP oferece denúncia pedindo prisão preventiva de três acusados de homicídio qualificado no Pilar

Redação

O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) ofereceu denúncia contra três pessoas, acusadas de envolvimento no assassinato de Raul Pablo da Silva, no dia 31 de janeiro, na Chã do Pilar. A acusação é de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A motivação do crime teria sido dívida com o tráfico de drogas.

A promotoria pede a prisão preventiva de Luiz Carlos Gomes de Araújo, preso em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver, estendendo o pedido a Geraldo da Silva Félix, conhecido como “Mago” e Venícius Nogueira dos Santos, conhecido como “mano louco”, ambos já presos mas por outras ações criminosas.

O promotor de Justiça, Sílvio Azevedo, afirma que os três indivíduos já foram devidamente qualificados, por existir indícios suficientes da autoria e provada a materialidade do delito.

“Como garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal, entendemos que os acusados devem ficar presos. A ordem pública não foi abalada somente pelo crime cometido e na forma como fora, que por si só seria suficiente à prisão cautelar. No caso em apreço, a imprescindibilidade de se amparar a ordem pública também decorre do fato de serem os denunciados pessoas afetas à pratica criminosa. Apontamos que a necessidade de se prevenir a reprodução de novos delitos é motivação bastante para a decretação e/ou manutenção da preventiva”, ressalta o promotor.

De acordo com os autos, Raul Pablo da Silva era usuário de drogas e estaria em débito com os traficantes, motivo que o levou à morte. Testemunhas do homicídio reportaram a autoria aos nomes acima mencionados, detalhando os rqeuintes de crueldade.

O fato
Na madrugada do dia 31 de janeiro, os acusados participavam de uma festa quanto teriam avistado a vítima. “Mago” abordou Raul Pablo pegando-o pelo pescoço, chamando-o ironicamente de “prego”, referindo-se a ele como devedor – já que os acusados do assassinato seriam traficantes-, e em seguida o levou para dentro de uma casa. Minutos depois, Raul Pablo foi arrastado para a rua onde começou uma sessão de pura tortura.

“De forma bárbara, impiedosa, inclusive causando comoção da sociedade, a vítima foi espancada com murros, chutes, socos e, como se não bastasse, insatisfeitos, os criminosos desferiram-lhes golpes a pauladas e pedradas até desmaiar dando sequência à violência que resultou na morte. Depois disso, planejaram e executaram a ocultação do cadáver, encontrado somente vinte dias após quando o Luiz Carlos resolveu levar a polícia ao local onde o corpo foi enterrado”, explica Sílvio Azevedo.

Após se certificarem de que a vítima já estaria morta, os denunciados providenciaram a ocultação do cadáver, enterrando o corpo em uma cova rasas numa baia que fica a um sítio próximo ao local do crime.

com MP-AL

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