Redação
Na sessão ordinária desta terça-feira (09), os deputados estaduais solicitaram ações do Governo de Alagoas para que o setor empresarial não entre em colapso. Diante das novas medidas restritivas do comércio, o tema foi discutido na Assembleia Legislativa, onde a concessão de incentivos foi cobrada pelos parlamentares.
Segundo o deputado Davi Maia (DEM), é preciso dividir a conta com o empresariado. “Os empresários estão agonizando. Um amigo que é sócio de uma rede de restaurantes demitiu, ontem, 224 pessoas”, contou.
Maia, no entanto, reconhece que o sistema de saúde pública está entrando em colapso, mas cobra do Estado ações no sentido da preservação de empregos. “Alguém precisa mostrar que existe vidas que também estão sendo perdidas e não é nos leitos dos hospitais”, argumentou o democrata.
O líder do Governo na Casa, deputado Sílvio Camelo (PV), disse que o momento é muito preocupante não só para Alagoas, mas para o mundo, pois quando se relaxam as medidas restritivas, por consequência se tem um aumento no número de contágio.
“Infelizmente o coronavírus teima em não reduzir as suas estatísticas. É uma pandemia que se renova no número de contágios a cada passo que se dá no sentido do relaxamento das restrições”, ponderou. “Só vamos poder acabar com isso quando a população for vacinada”, argumentou Camelo, acrescentando que o Governo tem feito diversas ações visando minimizar os efeitos da pandemia, tanto na saúde, quanto na economia.
Já o deputado Cabo Bebeto (PTC) reforçou o pronunciamento de Davi Maia, informando que entre restaurantes e academias de ginásticas, em Arapiraca, foram realizadas 592 demissões. “O problema é que temos cobrado há mais de um ano e não vemos nada de efetivo”, disse, acrescentando que recebe diversos apelos por parte do setor, que está desesperado.
A deputada Jó Pereira (MDB), ainda em aparte, colaborou com o pronunciamento de Davi Maia dizendo que as mulheres são as que mais tem suportado o peso da pandemia e que é preciso muito mais investimentos em políticas para conter o avanço da doença. Ela também disse que a única solução para combater a doença é a vacinação da população. “Mas enquanto isso (vacinação) não acontece, precisamos apoiar, principalmente, os pequenos negócios, a exemplo de bares e restaurantes, que estão sendo extremamente prejudicados”, observou a deputada, ressaltando não ser contra o fechamento dos estabelecimentos, mas que isso tem que vir junto com uma contrapartida por parte do Governo.
com ALE