Com foco na Série B, Botafogo planeja intertemporada e usará jogos do Carioca para preparação

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Acabaram as chances no Campeonato Carioca e na Copa do Brasil, e o Botafogo aponta 100% do foco para o grande objetivo da temporada, o retorno à Série A. A pouco mais de um mês da estreia na segunda divisão, o clube vai aproveitar a folga forçada para corrigir os erros e preparar o time para a Série B.

As semanas até a primeira rodada, marcada para os dias 28 e 29 de maio, servirão como a pré-temporada que o Bota não teve entre 2020 e 2021. Foram só cinco dias entre a 38ª rodada do último Brasileirão e o primeiro jogo do Estadual. Agora, o tempo livre servirá para fazer ajustes no time e no elenco, que vai sofrer mudanças.

Prioridade para treinos
Se a sequência de resultados ruins teve lado positivo, é o tempo para treinar e entrosar o time. O próprio técnico Marcelo Chamusca falou sobre isso após a derrota para o Fluminense. A partir de agora, sem jogos importantes para a Série B, a prioridade total será para o dia a dia de trabalho no Nilton Santos.

Nas cinco semanas até a estreia na Série B, Chamusca promete dar cara ao time do Botafogo. No primeiro mês e meio de clube, o treinador teve apenas duas semanas livres de jogos para trabalhar. Internamente, essa é uma das justificativas para os resultados ruins.

Nesse período, o Bota pode ter até quatro jogos do Campeonato Carioca, mesmo sem chance de título. No próximo domingo, acontece a última rodada da Taça Guanabara. Se o time ficar entre os oito primeiros, jogará a semifinal da Taça Rio e, se passar, também as finais. Essas partidas servirão de laboratório. Não há certeza de uso do time titular em todas elas, o que será decidido no dia a dia de trabalho.

– A nossa ideia é servir como preparação, desde que a gente tenha tempo para treinar. A nossa maior necessidade, hoje, é treinar. Vamos esperar sair a tabela para definir tudo, mas o planejamento será feito para ter tempo de treino, entrosar os jogadores e recuperar alguns jogadores muito importantes – afirmou o técnico Marcelo Chamusca.

Reforços
Além do time, os dirigentes entendem que o elenco também não está pronto. Chegadas e saídas estão previstas. No mercado, a busca é por reforços experientes e com qualidade para assumir a titularidade.

A prioridade é a chegada de um centroavante. Pedro Raul e Matheus Babi foram vendidos, e o clube ficou com os garotos Navarro e Matheus Nascimento no elenco. Anselmo Ramon, Rafael Moura, Fernandão e Hernane foram citados. O He-man é o mais cotado no momento, mas a diretoria avalia o custo-benefício dessas e de outras opções.

O clube também pretende reforçar o meio de campo e a defesa. Volantes, meias e pontas estão no radar. Na lateral direita, Jonathan é a única opção, já que os outros três atletas da posição estão na lista de dispensa.

Saídas e renovações
Para abrir espaço para os novos contratados, o Bota vai seguir com os cortes no elenco. No último domingo, o diretor de futebol Eduardo Freeland revelou uma economia de R$ 1,5 milhão na folha em comparação com a temporada passada. Isso sem contar com os seis atletas que estão de férias e devem ter outros destinos em breve.

Além desse grupo, outros dois jogadores têm contratos até o fim de maio: Luiz Otávio e Rickson. O clube ainda não decidiu sobre o futuro dos dois, e as conversas devem andar a partir dessa semana. Outra indefinição é sobre Diego Cavalieri, que deve sentar para conversar sobre o futuro após voltar de contusão.

Esvaziar o DM
Na lista de pendências também estão os jogadores fora de combate por lesões. São seis as baixas: Diego Cavalieri, Gatito, Hugo, Pedro Castro, Rafael Navarro e Romildo.

O caso do jovem volante é o mais simples: está em fim de recuperação da Covid-19 e passa bem. O restante do grupo se recupera de problemas físicos. A esperança é que todos estejam à disposição para o início da Série B.

Cavalieri, Hugo e Pedro Castro estão bem perto disso. Os três estão em transição física e terão mais de um mês para recuperar a forma. Navarro ainda trata de lesão muscular, mas não preocupa. Gatito é o caso mais delicado, já que ainda sofre com o edema ósseo no joelho direito.

GE

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