Funcionários do Sanatório paralisam atividades contra atrasos salariais; diretor culpa demora nos repasses e situação do Pinheiro

Foto: Sateal

Da Redação

Com férias e dois meses de salários atrasados, além da falta de repasse do FGTS desde 2018 e do vale transporte, funcionários do Hospital Sanatório pararam as atividades na manhã desta segunda-feira (19). Enfermeiros, auxiliares, trabalhadores do administrativo reclamam também das condições estruturais do hospital, localizado no bairro do Pinheiro, em Maceió.

Decidida em assembleia na última sexta, a manifestação se concentra na porta do prédio, com cartazes e discursos, e deve permanecer à tarde, com a promessa de manter 30% dos atendimentos. Pacientes vindo do interior acabaram tendo que esperar para realizar seus procedimentos, porém já começaram a ser atendidos, segundo divulgado.

Na manifestação, o presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem no Estado de Alagoas (Sateal), Mário Jorge Filho, afirmou que o problema não só atinge os trabalhadores, mas a população também.

Os profissionais também denunciam que estão sendo penalizados pelas chefias quando acontecem faltas ao trabalho e que ausências acontecem por falta de condições em custear a ida ao trabalho. “Energias são cortadas, fazemos cotinha para comprar de cesta básica para os que só dependem da renda do Sanatório”.

Marcando presença durante a assembleia, o diretor administrativo do Hospital, Júlio Bandeira, explicou que o problema da unidade é grave e está relacionado ao acidente geológico causado pela Braskem e que ainda não há uma posição sobre a realocação do Hospital para outro local. Com relação à regularidade dos pagamentos, Bandeira informou que o Sanatório depende dos repasses financeiros do estado.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em resposta, disse que os novos repasses dos serviços que têm contrato com o Hospital Sanatório serão autorizados para pagamento ainda nesta segunda-feira (19).

Drama corriqueiro
Esta não é a primeira vez que os funcionários se queixam. Em janeiro, a Folha de Alagoas já relatava as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores em plena pandemia da Covid-19.

Na ocasião, a diretoria do Hospital Sanatório também informou que estava fazendo todos os esforços para resolver as pendências salariais, mas que vive uma grave crise financeira devido aos problemas causados pela extração de sal-gema, provocando queda na demanda.

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