Redação
No dia em que o ex-ministro Eduardo Pazuello é ouvido pela CPI da Covid, deputados voltaram a abordar o tema Governo Federal em sessão na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (19). Antônio Albuquerque afirmou que o intuito do inquérito é produzir efeitos políticos. “Essa CPI é extremamente desnecessária e, a meu ver, imoral”, proferiu.
Para ele, a CPI não ajuda na superação da pandemia e nem respeita o povo, contando, ainda, que usou cloroquina. “Fiz uso da cloroquina e estou convencido de que ela me serviu”, destacou. O deputado disse também que não existe nenhum remédio que tenha em sua bula uma autorização para prescrição contra a Covid-19.
Albuquerque ainda defendeu o presidente da República, Jair Bolsonaro, mesmo dizendo que discorda dele em alguns assuntos. “Acusam o presidente da República, que divirjo em algumas coisas, de que não trouxe a vacina para o povo brasileiro. A Pfizer esteve na CPI e disse que o registro para essa vacina só esteve à disposição da população brasileira agora em fevereiro”, declarou.
Outros parlamentares
Em outro momento da sessão, o deputado Ronaldo Medeiros, na tribuna da Casa de Tavares Bastos, voltou a fazer críticas ao Governo Federal, sobretudo na condução das ações de combate a pandemia, como a demora para a compra de vacinas e a defesa de medicamentos ineficazes para o tratamento da Covid-19, que estão sendo investigados
“O que já era esperado no Brasil está acontecendo. Um governo fraco, de cera, que não aguenta um calor e já começa a derreter”, declarou Medeiros. Ele prosseguiu o discurso atribuindo ao presidente Jair Bolsonaro os constantes aumentos dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha.
Em aparte, os deputados Cabo Bebeto (PTC) e Inácio Loila (PDT) também se posicionaram sobre a questão.
O primeiro defendeu o Governo Federal, dizendo que a operação da PF em relação ao ministro Ricardo Salles, ocorrida hoje, é natural. “Não é porque o cidadão está sendo investigado que é culpado”, argumentou o parlamentar.
Loiola avaliou que o País está sem rumo e que todos estamos num barco à deriva. “Infelizmente, nesses últimos dois anos e cinco meses, estamos vivenciando um Governo que não sabe a que veio, pois em nenhum momento vimos o presidente Bolsonaro promover uma reunião, despachando em seu gabinete. Nós o vemos perambulando Brasil afora, inaugurando obras insignificantes”, avalia o pedetista.
com ALE
