Em pleno século 21 qualquer tipo de censura prévia é abominável. A civilização segue avançando, mas ainda há pontos destoantes de autoritarismo em diversos setores da sociedade e esses devem ser expostos.
Nesta semana, o jornalista Célio Gomes revelou através do seu blog no portal Cada Minuto que teve publicações suprimidas após ações judiciais movidas pelo deputado estadual, Cabo Bebeto.
Discordar, debater no campo das idéias é legítimo, mas sufocar a imprensa através de ações judiciais por não aceitar uma posição contraria demonstra que tal personalidade política não está madura para ser um representante popular.
Pior ainda, a justiça – com j minúsculo – se torna a caixa de ressonância de uma atitude censora. Compactuando e avalizando a mordaça. O silêncio imposto a esse profissional é mais um de tantos outros casos que seguem ocorrendo no Estado e no país.
É necessário estarmos atentos!
O exercício profissional e o direito da liberdade de expressão são direitos Constitucionais e, portanto, invioláveis.
Vivemos o avanço, de certo modo, de grupos intolerantes. Esses estão instalados em diversos seguimentos e, principalmente, nos poderes que agem “harmonicamente”.
O dever do jornalismo é trazer à tona, muitas vezes, a verdade que segue nos porões dos Poderes, nos puxadinhos dos oportunistas que se dizem representantes do povo, quando na verdade são instrumentos, quase que descartáveis, de um sistema corrompido.
A imprensa séria continuará sendo a luz nos momentos de trevas, pois nosso compromisso é com a verdade.
É só olhar para recente história da nossa nação e contabilizar quantos camaradas deram suas vidas por uma sociedade minimamente livre.
Continuamos sendo a resistência.