11ºC: Conheça as temperaturas mais baixas registradas na história de Alagoas

Redação

A massa de ar polar que chegou ao Sul do Brasil, com recordes de temperaturas e até neve em algumas cidades, não será sentida em Alagoas – o que não chega a ser novidade para ninguém, uma vez que o calor predomina basicamente o ano todo, mesmo no inverno. Mas você sabia que a temperatura em território alagoano já se aproximou dos 10ºC?

É incomum, mas os termômetros do estado já atingiram temperaturas muito baixas em 40 anos de registros. Municípios como Ibateguara e Mar Vermelho, a Suíça alagoana, costumam ter sensação térmica amena à noite, porém, o recorde vem do Sertão.

De acordo com o trabalho de coleta de dados históricos realizados pela Sala de Alerta da Semarh (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos), o Sertão alagoano já atingiu uma temperatura mínima de 11ºC, em agosto de 1994, o recorde dos dados computados. E em Maceió, a temperatura mais baixa registrada nos últimos 25 anos aconteceu em agosto de 1996, quando os termômetros chegaram a registrar 15ºC.

Também há registro de temperaturas mínimas próximas aos 10ºC, como em Pão de Açúcar que já chegou a marcar 14ºC, em julho de 1981 e 13,8ºC, em Palmeira dos Índios, no mês de outubro de 1991.

– Sertão: 11ºC, em agosto de 1994
– Pão de Açúcar: 14ºC, em julho de 1981
– Maceió: 15ºC, em agosto de 1996
– Palmeira dos Índios: 13,8ºC, em outubro de 1991

Historicamente, essas temperaturas mais frias são registradas entre os meses de julho e agosto. “Situações severas de frio como estas, geralmente ocorrem quanto há a incursão de massas de ar frio intensas, que conseguem atingir a região nordeste antes de perder completamente as suas características de ar mais frio”, explica o especialista Vinícius Pinho.

O trabalho de armazenamento de dados realizado pela Sala de Alerta possui mais de 40 anos em registros, somado aos dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) que auxiliam os meteorologistas e são importantes para diversas áreas, como explica a meteorologista da Semarh, Isa Mendonça, responsável pelo banco de dados da Sala de Alerta.

“Essas informações são importantes para que a previsão do tempo que emitimos seja realizada de forma mais precisa, além de ajudar na agricultura, onde podemos gerar a previsão climática em períodos de três meses. Também são usadas pela Defesa Civil na tomada de decisões das ações. Essas informações também auxiliam na realização de pesquisas voltadas a saúde, onde acessamos esses históricos climáticos para relacionar com doenças que podem ter relação com mudanças no clima”, explicou a meteorologista.

Por que o frio do Sul não chega a Alagoas?
Como explica o coordenador e meteorologista da Sala de Alerta da Semarh, Vinícius Pinho: “À medida que essa massa Polar, que chegou ao Sul do país, avança, ela vai recebendo calor e perdendo as características de ar polar, passando a ser uma massa de ar frio. A única região do Nordeste que pode vir a sentir alguma mudança é parte da Bahia, mas dificilmente essa massa apresenta força para chegar aos outros estados do Nordeste”.

com Semarh

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