Renan diz que CPI vai recomendar indenização para vítimas da pandemia

Foto: Agência Senado

Redação

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros, afirmou que o relatório final da comissão vai sugerir que familiares das vítimas entrem com ações judiciais indenizatórias. O senador fez o comentário nesta quarta-feira (11), durante a oitiva de Jailton Barbosa, diretor-executivo da farmacêutica Vitamedic, empresa produtora da Ivermectina, usada para tratamento precoce mesmo sem comprovação.

Para as indenizações, Renan se refere às pessoas que foram ludibriadas a acreditar no falso tratamento precoce contra o coronavírus. Relator pede que União e empresas que lucraram com venda de medicamentos sem eficácia comprovada sejam responsabilizadas pelas mortes e sobreviventes sequelados.

“Esta comissão parlamentar de inquérito deverá ter em seu relatório final uma recomendação às advocacias dos estados, da União nos estados, em solidariedade às pessoas que perderam entes queridos e muitos deles que estão sequelados, que a advocacia ajude essas pessoas a entrar na Justiça pedindo a indenização por esse crime absurdo”, disse Calheiros.

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, também seguiu a mesma linha, defendendo responsabilização das farmacêuticas e da União.

“Queria sugerir que no relatório final fosse responsabilizada a União pelas vítimas da Covid-19 e por todas aquelas pessoas que tiveram eventuais efeitos colaterais no tratamento com medicamentos que não têm eficácia comprovada”, afirmou Randolfe.

Calheiros prontamente concordou. “Sobretudo da Vitamedic, que é a empresa que nós estamos ouvindo agora, através do Sr. Jailton”, disse. No depoimento, Jailton assumiu que patrocinou a publicação de um manifesto a favor do tratamento precoce contra a Covid-19, no dia 16 de fevereiro.

“Nós temos que fazer com que sirva de exemplo. Muitos de nós não estarão nem mais aqui, mas não será a última pandemia que nós teremos. Eu espero que isso nunca mais aconteça”, defendeu também o presidente da comissão, Omar Aziz.

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