Prefeitura de Maceió visita família que anunciou retorno ao imóvel no Pinheiro

Foto: Erik Maia

Redação*

A família que anunciou o retorno para um imóvel na área de risco no Pinheiro foi ouvida pela Prefeitura de Maceió nesta terça-feira (19). Os atingidos decidiram voltar à casa pela falta de conclusão das negociações sobre a realocação.

De acordo com os irmãos Roberto, Arnaldo e Vicente Menezes, as negociações entre eles e a mineradora Braskem, apontada pelo Serviço Geológico do Brasil como a causadora dos problemas de afundamento do solo pela mineração de sal-gema em área urbana, começou há nove meses.

A casa fica na Rua Manoel Menezes consta na Versão 4 do Mapa de Linhas de Ações Prioritárias. Estiveram presentes os coordenadores da Defesa Civil e do GGI dos Bairros (Gabinete de Gestão Integrada para a Adoção de Medidas de Enfrentamento aos Impactos do Afundamento dos Bairros).

Ronnie Mota, coordenador do GGI dos Bairros, explicou que a visita ocorreu para que a família fosse ouvida pelo Município, buscando assim uma compreensão da decisão familiar e suas circunstâncias.

“A casa está numa área do Mapa 04 que já havia sido realocada. Ao mesmo tempo que a notícia nos causou estranheza, também no causou preocupação, afinal de contas o imóvel já foi descaracterizado com a retirada de telhados, portas, portões. O prédio já havia até sido tamponado”, disse.

O coordenador geral da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, informou que desde o último sábado (16), quando o órgão tomou conhecimento da situação, equipes de sua diretoria operacional e social têm mantido diálogo permanente e diário com os irmãos Menezes.

“Nós temos ido ao local com diversas equipes. Há diálogo aberto pela nossas equipes da diretoria social, há vistorias sendo realizadas pelo nosso operacional e pelos técnicos do Centro Integrado de Monitoramento e Alerta. Quando os trabalhos técnicos forem concluídos nós iremos orientar a família sobre o caso e tomar todas as medidas cabíveis nesse sentido”, esclareceu o coordenador.

Abelardo Nobre conclui informando que apesar do anúncio da família que irá retornar para morar no local, isso ainda não ocorreu.

“Durante nossa visita constatamos que algumas pessoas estão trabalhando numa reforma do imóvel e que há uma cama com colchão no local, mas ainda não foram reestabelecidos o fornecimento de água, energia elétrica, e nem há nada que caracterize que a casa voltou a ser habitada ainda, por isso nosso técnicos ainda não concluíram a vistoria sobre essa situação”, concluiu.

*com Ascom Defesa Civil

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