CPI: Bolsonaro insinua que relatório final de Renan foi motivado por vingança

Redação

Após ser aprovado o relatório final da CPI da Covid, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que os indiciamentos contra ele é uma “palhaçada” e insinuou que o relator Renan Calheiros agiu por vingança, já que o governo apoiou Davi Alcolumbre para presidência do Senado, em 2019, e não o alagoano.

“Quem tem um pouco de juízo sabe que foi uma palhaçada lá. CPI do Renan. Talvez para se vingar, porque o que decidiu a eleição do Alcolumbre, em 2019, foi quando meu filho (senador Flávio Bolsonaro) abriu o voto dele”, afirmou Bolsonaro à Jovem Pan, nesta quarta-feira(27).

O presidente, no fim da tarde, entrou com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) contra atos da CPI da Pandemia, para que a transferência do sigilo dos dados telemáticos do presidente seja considerada “ilegal” e “arbitrária”. É pedido também que seja considerada ilegal a solicitação feita pela CPI da suspensão de contas em redes sociais do presidente.

Dizendo que a comissão só prejudicou a imagem do país no exterior, Bolsonaro ironizou os trabalhos e o relatório final, que aponta o presidente como um dos principais responsáveis pela pandemia que causou mais de 600 mil mortes.

“O que essa CPI fez de vantajoso para o Brasil? O que os senadores do G7, além do Renan, do Omar (Aziz, presidente da comissão) e do Randolfe (Rodrigues, vice da CPI), tem mais quatro lá, o que eles fizeram em 2020? Por que o G7, já que sabia de tudo, por que não procuraram o presidente ou o Ministério da Saúde? Ficaram em casa, de férias. São os pais da ética, da moralidade”, disse Bolsonaro.

Do outro lado, Calheiros voltou a enfatizar a culpa do presidente. “O maior mérito dessa CPI foi existir, funcionar e iluminar as catacumbas da inoperância, da má-fé, da desonestidade e da morte. O caos do governo Jair Bolsonaro entrará para a história como o mais baixo degrau da indigência humana e civilizatória. Essa CPI foi histórica”.

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