Redação
A Maternidade Nossa Senhora de Fátima, que vem sofrendo diversas denúncias sobre o atendimento ofertado na unidade, foi alvo de fiscalização nesta segunda-feira (08). Uma comitiva de representantes de conselhos foi ao local para inspecionar a estrutura e conversar com os profissionais da maternidade. A escala de plantões também foi observada.
Estiveram presentes representantes do Conselhos Regional de Medicina (Cremal), do Conselho de Enfermagem (Coren-AL), além do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (CEDDH), presidido pelo promotor Magno Alexandre Moura, que acompanha o caso de perto.
Um relatório sobre a inspeção será elaborado. A conclusão inicial, porém, foi que não há irregularidades na unidade. Apenas dá para melhorar a estrutura física e de instrumentação para atender a população.
A comitiva pretende escutar a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) sobre alguns pontos levantados durante a inspeção. A pasta, vale lembrar, abriu sindicância para averiguar os relatos.
Diversas denúncias
A Polícia Civil instaurou inquérito para averiguar as denúncias feitas contra a Maternidade Nossa Senhora de Fátima, já que uma série de casos contra o atendimento na maternidade está sendo relatada por gestantes.
O ápice foi o caso da grávida Mayara Sthefany da Costa, de 25 anos, que faleceu após esperar cerca de 12 horas por uma cesariana no fim de outubro. O filho sobreviveu, mas foi parar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após ingerir mecônio (primeiras fezes do recém-nascido).
A família de outra mulher, a qual foi parar na UTI junto ao seu bebê, também fez Boletim de Ocorrência (BO) registrando negligência dos profissionais. Ano passado, um casal denunciou que o filho nasceu morto, mas o corpo simplesmente desapareceu na unidade e até agora não se sabe o paradeiro.