O ex-presidente do CSA, Rafael Tenório, que esteve à frente do Marujo nos últimos seis anos, vai trabalhar em um novo clube alagoano a partir do próximo ano: o CSE. Tenório deixou o comando do Azulão no início deste mês, após a eleição de Omar Coelho, candidato que ele apoiava. Agora, ele será consultor do clube de Palmeira dos Índios e com objetivos ousados para o futuro do clube.
“A parceria é para ajudar o clube, fazer dele a terceira força do estado de Alagoas. Ele está na Série D, então fazer o processo que fizemos no CSA: recuperar e levar ele para a Série B. Eu vou dar consultoria para eles, já comecei a questão de planejamento orçamentário, financeiro. O clube não tem passivo, então é buscar um equilíbrio na questão de gestão, que é o grande problema nos clubes de futebol”, afirmou Tenório, em entrevista ao NE45.
Rafael Tenório assumiu o CSA em 2015. À época, o clube estava sem divisão nacional e com mais de 200 processos trabalhistas. Agora, o time de Maceió já passou pela Série A e se tornou uma das forças da Segunda Divisão, tendo conseguido zerar essa lista de processos. Segundo o ex-mandatário, isso aconteceu por causa das boas medidas de gestão, algo que ele pretende ajudar a implantar no CSA.
“O CSA foi um caso de sucesso porque desde o início, quando eu assumi, em 2015, quando o time não tinha calendário nenhum, nem Série D tinha, eu obedeci rigorosamente aos processos. Por que o Santa Cruz quebrou? O Sport, por que quebrou? Má gestão”.
Do CSA à consultoria
Segundo Tenório, esse trabalho no CSE é o primeiro passo de algo que ele pretende fazer com outros clubes. Com experiência em consultoria empresarial, o cartola afirmou que há dois clubes de Santa Catarina que também negociam para uma parceria parecida.
“Agora, a gente vai dar consultoria para os clubes de futebol. Também já temos dois clubes de Santa Catarina que estão fechando contrato para fazer um levantamento no clube e viabilizar da mesma forma que eu peguei o CSA”, afirmou, antes de explicar um pouco da função de consultoria que exercerá em Palmeiras dos Índios.
“Consultoria, formação profissionalizante. A maioria dos clubes não se profissionaliza. Chega um presidente e só quer ganhar título, aí monta um time sem planejamento, contrata jogador sem o perfil que ele quer, manda embora, não paga, contrata jogador sem observar o scout, sem conhecer o perfil, contrata 50, 60 jogadores. Agora, tem que ter planejamento”.
Texto de Vítor Aguiar – NE45