Sem rescisão, 130 trabalhadores da Veleiro ficam impossibilitados de arrumar novos empregos

Foto: Cortesia/Aquivo

Redação*

Cerca de 130 trabalhadores aguardam a Veleiro efetivar a baixa em suas carteiras de trabalho para conseguirem ser contratados por outras empresas de ônibus ou seguir para outros ramos. Enquanto as rescisões não saem, os funcionários, que não recebem há cinco meses, ficam sem alternativas.

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sinttro/AL) afirma que o trabalhador teria prejuízos caso tenha que pedir a rescisão contratual, pois renunciaria a uma série de direitos trabalhistas, e pontuou que a solução é o ajuizamento de reclamação trabalhista.

Para tentar resolver o impasse, o Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou uma audiência de mediação nesta quarta-feira (26), já que os trabalhadores da Veleiro desejam concorrer a novos postos de trabalho junto às empresas que fazem parte do sistema de transporte coletivo de Maceió, conforme foi acordado com as outras empresas do transporte público.

Porém, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Maceió (Sinturb), é imprescindível que o candidato a uma vaga esteja desligado da empresa. O Sinturb também afirmou que é possível o ajuizamento de uma ação civil coletiva postulando a rescisão dos contratos de trabalho desses empregados para agilizar o trâmite.

Durante a audiência, que também contou com a participação da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), o representante da Veleiro afirmou que a empresa está dando baixa nas carteiras de trabalho apenas dos empregados que procuraram a empresa para fazer a rescisão do contrato.

O representante informou que cerca de 286 trabalhadores já foram demitidos nas duas empresas – de Maceió e da Região Metropolitana – com baixa nas carteiras, e afirmou que juntará a relação dos trabalhadores demitidos no prazo de cinco dias.

A procuradora Adir de Abreu, responsável por conduzir a mediação, afirmou que as partes podem solicitar ao MPT uma nova rodada de negociações, caso haja possibilidade de acordo. Ela ressaltou que, embora haja uma ação civil pública sobre atraso de salários na Veleiro, uma das soluções é buscar judicialmente a quebra do vínculo de emprego.

“Novamente, o MPT vê os trabalhadores sendo prejudicados dentro do sistema de transporte. Enquanto mantiverem o vínculo com a Veleiro, os empregados terminam por não serem contratados pelas outras empresas de transporte coletivo de Maceió”, afirmou a procuradora.

*com MPT

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