Redação
“A guerra aflorou a situação e a necessidade de discussão”. Essa é a justificativa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para urgência na apreciação do projeto que regulamenta a exploração de minérios em terras indígenas. Nesta terça-feira (08), Lira se encontra com líderes para debater a proposta.
Além desse tema, o deputado alagoano vai conversar com os líderes sobre o aumento dos combustíveis e as soluções para contornar a alta dos preços aos consumidores. “Está tudo conectado no contexto da guerra”, disse Lira à Record.
A proposta da exploração é polêmica e rebatida por ambientalistas, mas o Governo Federal cobrou urgência e o presidente Jair Bolsonaro se articula com deputados governistas para aprovar o projeto de lei. Bolsonaro também citou a guerra entre Rússia e Ucrânia como argumento.
Na última semana, Bolsonaro destacou que o país corre “risco da falta do potássio ou aumento do seu preço”, em razão da guerra. “Nossa segurança alimentar e agronegócio [Economia] exigem de nós, Executivo e Legislativo, medidas que nos permitam a não dependência externa de algo que temos em abundância”, disse o presidente.
Parado no Congresso desde 2020, Lira não esclareceu se vai se posicionar a favor da proposta, mas destacou que a dependência da importação de fertilizantes “é um problema sério no Brasil”. “Estamos importando uma matéria-prima que temos, em tese, embaixo de terras indígenas. A maior fonte de potássio. O subsolo é de propriedade do governo federal, então, temos que discutir a regulamentação.”
Para o presidente da Câmara, existe hoje um jogo de narrativas com argumentos contrários à discussão por parte de ambientalistas. Mas, na avaliação do parlamentar, o assunto precisa ser levado à mesa de debate.
com Agências
