Petrobras cai mais de 5% após Bolsonaro criticar a política de preço

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O principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em forte queda nesta segunda-feira (7), em sessão mais uma vez pautada por temores globais de estagflação decorrentes do conflito na Ucrânia. O Ibovespa recuou 2,52%, a 111.593 pontos.

A Petrobras era destaque de queda, e recuou mais de 7% depois que o presidente Jair Bolsonaro criticou a política de preços da estatal e afirmou que discutiria ainda nesta segunda medidas para conter a alta para o consumidor.

A paridade no preço do petróleo significa que a Petrobras paga pelo produto o preço cobrado no mercado internacional e que repassa eventuais altas para refinarias, o que faz o aumenta o preço para o consumidor final.

“Agora, tem uma legislação errada feita lá atrás que você tem a paridade com o preço internacional, ou seja, o que é tirado do petróleo, leva-se em conta o preço fora do Brasil, isso não pode continuar acontecendo. Estamos vendo isso aí sem mexer, sem nenhum sobressalto no mercado, e está sendo tratado hoje à tarde em mais uma reunião”, afirmou o presidente.

Segundo Bolsonaro, a questão do petróleo é “grave”, mas poderá ser resolvida. O presidente disse que discutirá nesta segunda-feira alternativas, sem provocar sobressaltos no mercado, com os ministérios da Economia e de Minas e Energia e a Petrobras.

O presidente defende que toda alta do preço do barril de petróleo não seja repassada ao consumidor.

“Se você for repassar isso tudo para o preço dos combustíveis, você tem que dar um aumento em torno de 50% nos combustíveis, não é admissível você fazer. … A população não aguenta uma alta por esse percentual aqui no Brasil”, disse.

“Leis feitas erradamente lá atrás atrelaram o preço do barril produzido aqui ao preço lá de fora, esse é o grande problema, nós vamos buscar uma solução para isso de forma bastante responsável”, acrescentou.

Na sexta-feira, a bolsa fechou em queda de 0,60%, aos 114.474 pontos, mas acumulou alta de 1,18% na semana. No ano, o avanço é de 9,21%. Já o dólar fechou praticamente estável, aos R$ 5,07.

G1

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