Alonso relata clima de tensão e autorização para sair da Rússia antes da volta ao Atlético-MG

A pré-temporada de Junior Alonso no Krasnodar começou em Dubai, foi para Marbella (Espanha) e voltou à Rússia no pior momento. O país atacava a Ucrânia, e o clima de tensão na região explodiu. Dias de preocupação. Sozinho por lá, conseguiu voltar ao Paraguai e, hoje, é jogador (novamente) do Atlético-MG.

Ao desembarcar em Belo Horizonte nesta segunda-feira à noite, o zagueiro paraguaio falou sobre o curto período que ficou no clube russo, que o comprou junto ao Galo por R$ 47 milhões. Fez apenas quatro partidas, chegou a defender a seleção paraguaia por duas vezes, e se preparava para a estreia oficial.

– Foi difícil. Estávamos fazendo a pré-temporada em Dubai, depois de lá fomos para a Espanha e depois Rússia. Ficamos lá mais ou menos 12 dias. Faltando esse tempo para a retomada do campeonato russo. Neste tempo, a Rússia atacou a Ucrânia, faltando dois dias para o jogo. A partida ficou suspendida, fecharam o espaço aéreo – disse, à TV Galo.

O Krasnodar tinha vários estrangeiros no elenco, inclusive o atacante Wanderson, liberado para defender o Internacional por empréstimo até dezembro, em moldes parecidos com o acordo Galo/Alonso/Krasnodar. Os estrangeiros da equipe russa se uniram para deixar o país, via voo fretado.

“Foi difícil, mas conseguimos um acordo com o clube. Pegamos um voo privado, todos os estrangeiros, e fomos embora”.

– Ficamos preocupados com tudo que estava acontecendo. E falamos com o clube para os estrangeiros saírem. Eu estava sozinho, mas havia companheiros com mulheres, filhos. Para todo mundo, era difícil, ninguém sabia o que estava acontecendo.

Foram cerca de três semanas até Junior Alonso acertar a volta ao Atlético. Conseguiu retornar ao Paraguai, ficar ao lado da esposa e dos filhos, fazer treinamentos individuais, até receber o sinal verde para a volta a Belo Horizonte.

– Primeiro, cheguei ao Paraguai para ficar com aminha família. Depois, o Rodrigo me ligou, falou que as portas estavam abertas para mim. Que o Atlético era minha casa. Que todo mundo estava disposto a abrir as portas para mim. Foi fácil. A minha mulher também gosta muito de BH, falaram para voltar ao Atlético.

GE

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