PT entra com ação no TSE contra Bolsonaro e ministro da Educação

O PT acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar a conduta do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Educação, Milton Ribeiro, pelo suposto favorecimento a pastores na distribuição de verbas públicas.

Para o partido, as supostas irregularidades configuram abuso de poder político e econômico, que pode levar à inelegibilidade.

A crise no MEC se intensificou após a divulgação de um áudio, pelo jornal “Folha de S.Paulo”, no qual o ministro afirma que repassa verbas para municípios indicados por dois pastores a pedido de Bolsonaro.

Na semana passada, o jornal “O Estado de S. Paulo” já havia apontado a existência de um “gabinete paralelo” de pastores que controlaria verbas e agenda do Ministério da Educação.

A representação do PT, assinada pela presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, e pelo líder do partido na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), foi apresentada à Justiça Eleitoral na quinta-feira (24). Caso a ação avance, pode abrir uma frente de apuração sobre as repercussões eleitorais do esquema no MEC.

O PT pede que o TSE adote as providências cabíveis contra os dois. Uma eventual punição pode deixar Bolsonaro e o ministro inelegíveis.

“As práticas brevemente aqui descortinadas indicam, sem sombras de dúvidas, que uma pasta ministerial e os recursos públicos a ela vinculados, por seu ministro de Estado, vêm sendo usados politicamente e economicamente para beneficiar a candidatura à reeleição do atual presidente da República, configurando, objetivamente, abuso de poder político e econômico, com potencialidade real de interferência no postulado da igualdade que deve balizar as eleições, afirmou o PT.

G1

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