Lobão solicita audiência pública sobre uso medicinal do canabidiol em Alagoas

Redação*

O deputado Lobão (MDB) nesta quarta feira (18) em sessão ordinária na Assembleia Legislativa de Alagoas, anunciou que, em breve, deve protocolar uma requerimento para a realização de audiências públicas sobre o uso medicinal do CBD** (canabidiol) e sua produção em Alagoas

Lobão, sabendo que se trata de um tema sensível e envolto de polêmicas, afirmou que sua solicitação é baseada em evidências e pesquisas científicas. “Nosso objetivo é permitir acesso mais barato deste medicamento para pacientes com Alzheimer ou Parkinson, por exemplo”, disse o deputado estadual.

“A Anvisa apenas autoriza que o Brasil importe esse medicamento. Assim, hoje, para quem tem condições, só se consegue pagando caro. Alguém com Parkinson, que recebe um salário mínimo, não tem acesso ao tratamento. Criança autista de pais com baixa renda também não têm acesso”, lamenta Lobão.

Ainda defendendo sua solicitação, lembrou que além dos benefícios para saúde dos pacientes que precisam e não possuem condições financeiras, a fabricação do medicamento movimentaria a economia no território alagoano, sabendo que o canabidiol é importado de outros países como Canadá e EUA.

“Protocolarei o pedido para uma audiência pública, com participação de especialistas alagoanos e pessoas que fazem uso do medicamento, para que possam dar seu testemunho e informar dos resultados positivos do Canabidiol, que ao invés de outros medicamentos, possui efeitos colaterais mínimos”, encerrou o deputado.

Os deputados Ricardo Nezinho, Cabo Bebeto e a deputada Cibele Moura parabenizaram Lobão pela iniciativa mesmo sabendo da polemicidade do tema e comentaram que os que não querem liberar o medicamento fazem uma associação desconhecida e desnecessária com a maconha.

Em a parte, os deputados Ricardo nezinho, Cibele Moura e Cabo Bebeto parabenizaram a iniciativa de Lobão. E de forma conjunta, entraram em acordo que o tema é polêmico, mas que não deveria ser confundido com liberação de drogas. “O princípio ativo do Canabidiol é CBD, e não THC”, lembrou Nezinho.

Já Cibele Moura falou em “puro preconceito” os que não querem liberar o medicamento por fazerem uma associação desconhecida e desnecessária com maconha.

**O canabidiol, conhecido popularmente como CBD, é uma substância extraída da planta Cannabis, que atua no sistema nervoso central, e que apresenta potencial terapêutico para o tratamento de doenças psiquiátricas ou neurodegenerativas, como esclerose múltipla, esquizofrenia, mal de Parkinson, epilepsia ou ansiedade, por exemplo.

/Redação com assessoria

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