Da Redação
Candidato a deputado estadual, o coronel da Polícia Militar Marcos Vinicius Rodrigues Vanderlei continua, agora em plena campanha, a circular pela capital alagoana com um adesivo que mostra Lula preso, aproveitando a carroceria do veículo para simular o petista detido em seu carro, conforme fotografia da reportagem nesta quarta-feira (24).
O militar é postulante pelo Partido Liberal, de Jair Bolsonaro, e tem participado de eventos com Fernando Collor. Coronel Vanderlei, como é conhecido, já utiliza do painel há meses e sempre que troca ou atualiza os adesivos, posta nas redes sociais. “E hoje foi dia de dar um tapa na viatura do Coronel Vanderlei”, disse na última vez, em 18 de agosto.
Ele virou notícia em março deste ano, quando foi parado por agentes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), na região da orla, em razão da figura de Lula preso colada na lateral do vidro traseiro. À época, o militar disse que a abordagem foi por motivos ideológicos.
Já a SMTT justificou que era uma infração grave e, por isso, houve a retenção do carro. “A abordagem do veículo foi realizada com base no Código de Trânsito Brasileiro que regulamenta que conduzir o veículo com vidros total ou parcialmente cobertos por películas refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas é uma infração grave”.
Mais polêmicas
Em meados do ano passado, Coronel Vanderlei foi exonerado do cargo de subcomandante de policiamento da capital e foi alvo de investigação militar após ofender o então governador Renan Filho. “Você [Renan] é um verdadeiro hipócrita, você deveria era terminar o seu mandato calado que seria mais bonito”, foi uma das mensagens no período.
No procedimento instaurado, consta que o militar foi investigado por criticar publicamente uma atitude de um superior na hierarquia, assim como por ofensas à dignidade, além de ir à contramão das determinações do Comando Geral da PM acerca do uso de redes sociais.
Vanderlei se disse perseguido por apoiar Bolsonaro. Já governistas afirmaram que cada um tem direito à liberdade de expressão, existindo outros policiais bolsonaristas que exercem seu trabalho normalmente, desde que, independente da posição política, respeitem as normas de condutas.