Após ficar na 3ª colocação, Collor acusa empresa de pesquisas de manipulação

Agência Senado/Arquivo

Redação

O candidato ao governo de Alagoas, Fernando Collor (PTB), entrou com uma ação contra a Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) por causa do último levantamento eleitoral divulgado no primeiro dia de setembro, em que Collor aparece apenas em terceiro lugar.

Na ação, o corpo jurídico de Collor sugere que houve erro na metodologia e que possa ter ocorrido a manipulação do resultado. O postulante pediu à Justiça que todos os veículos de comunicação excluíssem matérias com os números, bem como a Ipec prestasse explicações e ficasse impedida de realizar novas divulgações.

A pesquisa estimulada, no caso, apontou Paulo Dantas (MDB) na liderança com 24% das intenções de voto, seguido de Rodrigo Cunha (UB) com 21%, enquanto Collor ficou com 17%, e Rui Palmeira, 15%. Em pesquisas de outros institutos, Collor surge na segunda colocação, em cenário bem diferente da Ipec.

Encomendada pela TV Gaztea, a pesquisa escutou 800 cidadãos em 33 municípios alagoanos entre os dias 29 de agosto e 31 de agosto, sob o registro na Justiça Eleitoral em AL-00838/2022.

De acordo com Collor, é possível ver erro na metodologia aplicada e na ponderação estatística através da análise da lista de municípios e do quantitativo de eleitores ouvidos, ou seja, a falta de proporção leva a uma conclusão que não corresponde a verdade do resultado.

Em caráter liminar, a desembargadora eleitoral Jamile Duarte Coelho Vieira deferiu o pedido parcialmente nesta segunda-feira (05), determinando que a Ipec forneça o plano amostral ou a estratificação das intenções de votos por idade, sexo, faixa etária, renda e regiões e qualquer outra segmentação adotada pela pesquisa.

Além disso, conceda acesso ao sistema interno de controle, verificação e fiscalização da coleta de dados referente às pesquisas de opinião acima indicadas, incluídos os dados referentes à identificação dos entrevistadores e, por meio de escolha livre e aleatória de planilhas individuais, mapas ou equivalentes, confrontar e conferir os dados publicados, preservada a identidade dos entrevistados.

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