Redação
Em entrevista para a IstoÉ, divulgada nesta sexta-feira (23), o senador Renan Calheiros (MDB) voltou a cutucar Arthur Lira (PP) e Fernando Collor (PTB) sobre a tentativa de vincular suas imagens ao presidente Jair Bolsonaro (PL). O emedebista ainda chamou o presidente da Câmara dos Deputados de “golpista anão do laboratório bolsonarista”.
“Em Alagoas, há uma briga para ver quem morre afogado com o bolsonarismo e eu torço pela briga. Collor diz ser o candidato de Bolsonaro, enquanto Arthur Lira afirma que ninguém é mais Bolsonaro do que ele”, declarou Calheiros.
– Lira anuncia aqui ser o mais bolsonarista de todos. O único programa dele é o orçamento secreto – Renan
Renan também disse que não cogita disputar a presidência do Senado novamente, mas não negou a possibilidade de compor algum ministério em caso de Lula (PT) assumir a presidência.
Sobre um possível segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o alagoano disse que não teme, pois “Lula derrotará Bolsonaro em quantos rounds houver”.
Questionado sobre o porquê não apoiar a candidata do seu partido, Simone Tebet (MDB), Renan afirmou que sempre achou muito difícil ela deslanchar, em que pese o respeito e admiração pela senadora.
“É um dado da realidade, não um gosto pessoal. E, sem competitividade, o MDB se transforma em um Titanic à procura de um iceberg. O risco real é comprometer o tamanho das bancadas da Câmara e do Senado e afundar o partido, como aconteceu quando chamamos Henrique Meirelles”, comentou.
O comportamento de Ciro Gomes (PDT) também foi tema da entrevista, incluindo duras críticas por parte de Renan. “Ciro Gomes é um caso crônico que já migrou para a psiquiatria e não pertence mais à política.”
“Ele incorporou a matéria-prima mais deletéria do bolsonarismo: o ódio a Lula. Sempre disse que ele não era uma via, mas a própria contramão da política. Ele errou a mão no ataque, na defesa e no meio campo. Foi só gol contra. É um caso patológico de um ressentido”, completou.