Redação
O MDB deve apoiar a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD) à presidência do Senado, em fevereiro de 2023, em troca de apoio para colocar o alagoano Renan Filho, recém-eleito senador, como o sucessor, a partir de 2025.
Segundo o jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, a articulação já acontece nos bastidores para que o senador por Minas Gerais aceite esse acordo. A negociação é feita pelos próprios senadores emedebistas, que têm 10 cadeiras, sendo a terceira maior bancada na Casa.
O ex-governador de Alagoas se junta no Senado ao seu pai, Renan Calheiros, um dos líderes do MDB e que presidiu o Congresso Nacional em três oportunidades. A terceira cadeira alagoana é de Rodrigo Cunha (UB), que perdeu a disputa ao Executivo estadual e volta ao cargo em Brasília.
‘Lula precisa construir base de apoio político’
Em entrevista à CNN Brasil, o senador eleito Renan Filho disse que o próximo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), precisará construir uma base de apoio robusta no Congresso Nacional para conseguir cumprir suas promessas de campanha, como a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600.
“O presidente Lula tem duas frentes muito importantes: trabalhar para construir uma base política que dê sustentação ao governo e garantir o cumprimento das promessas de campanha”, disse o alagoano.
“Todo mundo está se movimentando nesse momento para criar as condições para que isso aconteça, mas, antes de resolver qualquer pauta especificamente, o presidente precisa tomar conta das questões políticas, que se darão no início, meio e final do governo. A grande vantagem do presidente Lula é que ele parece não ter dificuldades em construir uma base política”.