Localizado no litoral de Alagoas, o resort Salinas Maragogi foi multado em R$ 147,4 mil pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) após comercializar, de maneira ilegal, mais de duas toneladas de lagostas.
De acordo com registro do Ibama, o hotel comercializou 2.370 quilos de lagostas vermelhas (panulirus argus) e verdes (panulirus laevicauda) com comprimento inferior ao permitido. Procurado, o Salinas Maragogi responsabilizou o fornecedor (leia a íntegra da nota ao fim desta matéria).
A autuação foi feita em novembro passado, com base no artigo 35 do decreto 6.514/2008, que define punições a quem “transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibida”.
Portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicada em junho de 2021 proíbe a venda de lagosta vermelha com cauda inferior a 13 centímetros e de lagosta verde com cauda menor que 11 centímetros.
Esse limite mínimo é seguido para a conservação da espécie e para a própria gestão da pesca. O estoque da lagosta vermelha está abaixo dos 18% da capacidade máxima, segundo relatório publicado em 2020 pela Oceana. “Se continuarmos nesse ritmo, a pescaria da lagosta não demorará muito para entrar em colapso”, alertou o diretor-geral da organização, o oceanólogo Ademilson Zamboni.
Hoje a lagosta vermelha movimenta anualmente mais de US$ 50 milhões em exportações.
Outro lado
Maragogi tem uma das praias mais famosas do país e é conhecida sobretudo por suas piscinas naturais. O município de Alagoas fica entre Maceió e Recife. Hoje, uma diária de casal no Salinas tem valor mínimo de R$ 1.954,15. No carnaval, essa mesma diária chega a R$ 3,6 mil, segundo o site do próprio estabelecimento.
/Metrópoles
