O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), foi recebido ontem (31) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para debater questões relativas ao desenvolvimento socioeconômico do Estado. Na reunião, ocorrida na sede do Ministério, em Brasília, Paulo voltou a defender maior participação do governo federal nas políticas públicas estaduais.
“Alagoas precisa voltar ao orçamento federal”, declarou o governador, que acompanhou de perto o sofrimento gerado pela União aos alagoanos no último período. Paulo relatou que o sentimento é de que Alagoas foi bastante discriminada pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O senador Renan Calheiros, presidente do MDB em Alagoas, acompanhou a mesma linha de raciocínio durante o encontro e apontou decisões que prejudicaram financeiramente o Estado. “Alagoas foi retirada do Orçamento federal a ponto de retirarem até recursos da União para o Canal do Sertão [maior obra hídrica do estado nordestino e que se encontra no quinto eixo]”, declarou o senador.
Nas conversas que já teve com o presidente Lula, Paulo apresentou uma pauta de reivindicações para alinhar o relacionamento com o governo federal. As obras são a duplicação das rodovias BR-316 e BR-424, que formarão o arco metropolitano; o Hospital do Agreste, em Arapiraca; a construção de quatro unidades do Instituto Federal de Alagoas (Ifal); e a retomada das obras do Canal do Sertão. Elas já tiveram início com recursos próprios, mas o Governo de Alagoas entende que é importante e necessário buscar apoio da União na execução dos trabalhos que vão beneficiar milhares de alagoanos.
Economia
A reunião contou ainda com a participação do secretário de Estado da Fazenda, George Santoro, que relatou os esforços de Alagoas para manter uma saúde fiscal.
“Nós chegamos a ser o Estado com a quinta maior dívida do país, hoje somos o décimo primeiro. Em 2021, fomos o Estado que mais investiu recursos próprios (proporcionalmente) no Brasil. Temos indicativos de que isso se repetiu em 2022”, apontou Santoro, ao defender que as pautas dos Estados – como a compensação das perdas do ICMS – precisam ser avaliadas com atenção pelo Ministério da Fazenda. “Para mantermos nossa saúde financeira e poder de investimento”, acrescentou.
Agência Alagoas