Bolsonaro chora em entrevista após se negar a depor à PF: ‘desumano’

Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou emocionado e chorou durante entrevista ao programa Pânico na TV, após operação de busca e apreensão na residência dele em Brasília.

Bolsonaro disse que sofre “uma pressão enorme 24 horas por dia”, desde antes de assumir a presidência e que a operação “mexeu” com ele. À Polícia Federal, a defesa informou que ele só deve prestar depoimento após o acesso completo ao processo sobre a suposta fraude de dados sobre vacinação contra a covid-19. “E por que eu fico emocionado? Mexeu comigo, sem problema. Quando vai para esposa, para filhos, aí o negócio é desumano.

O ex-presidente disse ter sido bem tratado pelos policiais e se emocionou ao falar do momento em que os agentes encontraram o cartão de vacinação de Michelle Bolsonaro, fotografado para análise devido à suspeita de fraude. Segundo ele, ao ser questionado, disse apenas que não se vacinou, mas que a esposa tomou uma dose do imunizante da Janssen nos Estados Unidos por recomendação médica.

Bolsonaro afirmou também que decidiu não imunizar a filha mais nova, Laura. “Minha filha atualmente tem um atestado médico que ela está dispensada de tomar a vacina.”

Ele confirmou que o celular dele foi apreendido, mas que o aparelho não tem senha, diferentemente do que disseram informações iniciais de que os dados para acesso não tinham sido fornecidos. Já o aparelho da ex-primeira-dama Michelle, não foi levado pela PF.

“No tocante à fraude, da minha parte, zero. As vezes em que eu viajei pelo mundo, uma vez para a Itália, se não me engano, eu até perguntei para a minha assessoria se era exigida a vacina; me disseram ‘sim’, então eu disse ‘se é sim, eu não viajo'”, disse Bolsonaro.

“Daí veio a resposta oficial, país europeu, talvez a Itália, que eu estava dispensado da vacina. O tratamento dispensado a chefes de estado é diferente do cidadão comum. Tudo é acertado antecipadamente e em minhas idas aos Estados Unidos, em nenhum momento foi exigido cartão vacinal”, completou.

UOL

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