Redação*
O Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid) aponta que cerca de 92 mil pessoas estão desaparecidas em todo o país. Destas, 2.264 são de Alagoas.
A maior parte das pessoas desaparecidas no estado são do sexo masculino (69,74%) e identificadas como pardas (83,33%). Cerca de um terço dos alagoanos desaparecidos tem entre 31 e 40 anos (31,25%). Em seguida, vêm os adolescentes de 12 a 17 anos (18,75%) e adultos entre 18 e 24 anos (15,63%).
Grande parte dos desaparecimentos em Alagoas é sem motivo aparente (40,38%). “Conflito intrafamiliar” (23,08%) aparece como a principal motivação para os casos envolvendo pessoas desaparecidas, seguida de “possível vítima de homicídio” (9,62%), “problemas psiquiátricos” (7,69%) e “possível vítima de sequestro” (7,69%).
Sobre os casos finalizados no sistema, 42,91% são de retorno voluntário; 22,76% são de pessoas acolhidas; e 13,06% são de falecidos. Hoje, 25 de maio, é o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas.
Por meio do programa, o MP consegue mobilizar nacionalmente órgãos públicos e demais atores, facilitando o processo de busca por pessoas desaparecidas. O Sinalid permite o acesso a informações do país todo de forma integrada, pondera a promotora de Justiça Marluce Falcão, responsável pelo Plid Alagoas.
“Até 2017, ano em que foi oficializado o Sinalid, o Brasil não contava com uma política nacional voltada exclusivamente à localização de pessoas desaparecidas. Em 2019, o Sinalid ultrapassou 70 mil casos registrados em 13 unidades da Federação, consolidando-se como o maior sistema público de enfrentamento ao desaparecimento de pessoas”, destaca a promotora Marluce.
*com Assessoria