Raphael Medeiros
O União Brasil está sem liderança em Alagoas. Lelo Maia, deputado estadual por Alagoas, participou do programa Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, e comentou sobre as próximas eleições e sobre a possível saída do partido que o elegeu.
Durante a entrevista, Lelo Maia foi questionado quanto a sua filiação ao União Brasil e à liderança do partido, Maia indagou: “Fui eleito pelo União Brasil, na época, me filiei junto ao Senador Rodrigo Cunha, que hoje já não está mais no União Brasil, ele está no Podemos e o problema do União Brasil e que eu venho discutindo é que ninguém sabe quem é o responsável! Não sei se é Luciano, às vezes o João Caldas, eu não sei…”
Luciano Cavalcante, que ainda é presidente do partido em Alagoas, foi enquadrado na operação Hefesto, da Polícia Federal, que comandou mandados de busca e apreensão responsáveis por fraudes em materiais de robótica em Alagoas. Os kits seriam destinados às escolas municipais, mas nunca chegaram a ser desempacotados. A empresa responsável pelos kits de robótica é ligada ao nome do pai do vereador alagoano João Catunda.
Finalizando a fala sobre a situação em que se encontra o partido, Maia disse que não está satisfeito e cobra a questão de não haver representantes no poder executivo local.
“Mesmo depois de tudo que aconteceu na operação da polícia federal, não vamos entrar nesse detalhe, porque é um detalhe muito sensível, mas, eu vou dizer a você que a gente tem três deputados estaduais, um deputado federal e tinha um senador. Mas ninguém faz parte do executivo Estadual, ninguém faz parte do executivo Municipal, a eleição foi feita e ninguém viu. Então não há clareza no União Brasil, funciona como puxadinho do PP.” Lelo finaliza a fala sobre o assunto, bradando: “um grande partido não pode funcionar assim. Hoje eu não me sinto bem no União Brasil, porque não tem representatividade.
Eleições
Lelo Maia, ao ser perguntado sobre as eleições de 2024 disse que não corre junto à JHC, já que, em suas palavras, o prefeito de Maceió teria “loteado” a prefeitura, deixando as políticas públicas nas mãos dos secretários, que, segundo ele: “fazem política pública do jeito que bem entendem”.
Continuando, o parlamentar disse que a princípio, o objetivo é de finalizar o mandato atual, em suas palavras “se eleger é uma coisa, ser um bom parlamentar é uma história completamente diferente”. Maia finalizou a entrevista dizendo que existem sim parceiros para colaborar com a sua base eleitoral em 2024.