Redação*
O Ministério Público do Estado de Alagoas agendou uma reunião para o próximo dia 12, visando à discussão do possível adiamento da eleição ao Conselho Tutelar em Maceió. Na ocasião, estarão presentes todos atores envolvidos com a causa.
Nesta quarta-feira (06), o procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, recebeu os vereadores por Maceió, Francisco Holanda Filho e José Márcio Filho. Os parlamentares solicitaram o apoio do MP para adiar o pleito, que está marcado para 1 de outubro, mas eles pedem que seja realizado em novembro, de modo que a votação possa ocorrer com o uso de urnas eletrônicas.
De acordo com Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, o Ministério Público entende que a mudança da data pode permitir que a eleição e a apuração ocorram, de fato, de maneira mais rápida e organizada, desde que essa alteração não vá ferir o processo já planejado desde o primeiro semestre, uma vez que o pleito está previsto para acontecer de forma unificada em todo o país.
“Levando-se em consideração os argumentos apresentados, o Ministério Público não é resistente a alteração, no entanto, é preciso que discutamos o assunto de forma coletiva, com o envolvimento das partes interessadas e que a mudança aconteça de comum acordo e sem quaisquer prejuízos a tudo aquilo que já está planejado e, inclusive, estabelecido em lei federal”, alegou o chefe do MPAL.
Os argumentos apresentados
Segundo o vereador Francisco Holanda Filho, o CMDCA procurou a Câmara Municipal de Maceió e manifestou a intenção de adiar a eleição em razão das dificuldades encontradas para preparar o processo eleitoral para o dia 1 outubro.
“Para disputar o cargo, o candidato tem que se submeter a uma avaliação que, conforme prevê a lei, foi realizada. O grande problema é que o resultado com a lista dos habilitados somente foi divulgada após o prazo exigido pelo Tribunal Regional Eleitoral para receber os nomes dos candidatos a serem colocados nas urnas, o que acabou por impedir o voto eletrônico em Maceió. Fazer a eleição com votação em papel é inviável, serão milhares de pessoas votando”, argumentou o parlamentar.
José Márcio Filho também defendeu o adiamento: “Os vereadores de Maceió entraram em consenso sobre o assunto e possuem esse mesmo entendimento de que o mais prudente é a mudança da data. O TRE já informou que pode receber os dados, desde que a alteração ocorra”, informou.
Os vereadores explicaram que a corte eleitoral alegou que pode abastecer as urnas eletrônicas com caso a eleição seja remarcada para o dia 19 de novembro.
O pleito é organizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Primeira Infância e Segurança Alimentar. Em Maceió, existem 10 Regiões Administrativas (RA) que concentram o trabalho de 50 conselheiros tutelares. Eles trabalham em todos os bairros da capital alagoana. Aqueles eleitos terão mandatos compreendidos entre 2023 e 2026.
/com Ascom MP-AL