Em reunião promovida pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) na quinta-feira, 28, o secretário estadual de Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, assegurou que, a partir do dia 1º de outubro, será iniciado um mutirão para atender todos os pacientes que aguardam há meses pelo início de seus tratamentos contra o câncer. Além disso, ele também se comprometeu em eliminar completamente a fila de espera em até seis meses.
Ainda conforme o secretário de Saúde, o Estado criará um fluxo de atendimento em que o paciente com câncer será atendido nas clínicas da família do Estado, onde realizará todos os exames complementares, como ressonâncias magnéticas, tomografias e exames laboratoriais. As cirurgias também passarão a ser realizadas, preferencialmente, nos hospitais estaduais, e os que não forem atendidos pelo setor público serão regulados aos hospitais conveniados ao SUS.
A instituição realizará um novo encontro na próxima quarta-feira, 04, e reunirá membros da Sesau, Município de Maceió (SMS) e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (COSEMS/AL) para discutir os fluxos que surgirão após o mutirão, como os tratamentos de quimioterapia e radioterapia.
Infecções Oportunistas
Ao longo do encontro, as instituições também debateram sobre o desabastecimento de medicamentos voltados à profilaxia de infecções oportunistas para pessoas com HIV/AIDS. Sobre esse tema, o Secretário de Saúde afirmou que dos 36 medicamentos, 19 já foram adquiridos pelo Estado. O restante não foi comprado devido ao desabastecimento nos laboratórios, mas o setor público estaria buscando medicamentos para substituição.
Segundo ofício da Sesau, a lista dos demais medicamentos está processo de análise de preços e, em breve, seguirá para a Procuradoria Geral do Estado (PGE), para posterior compra dos medicamentos.
Para Pontes de Miranda, a reunião serviu para dissipar mal-entendidos e ruídos de comunicação. “A Defensoria viu que o Estado está cumprindo com as obrigações, tanto na questão dos medicamentos contra o HIV quanto na oncologia. A intenção da Defensoria Pública e do Estado de Alagoas é a mesma: o bem-estar do alagoano. Nós estamos do mesmo lado e na mesma função, e isso faz parte de um governo que se preocupa com as pessoas”, afirmou.
Para o Defensor Público Ricardo Melro, o momento foi positivo para garantir a extinção da fila. “É necessário cobrar o setor credenciado para poder acabar com essa fila. O que é positivo é iniciar o enfrentamento desta fila, tratando as pessoas de acordo com suas urgências, que vão desde a idade até o tempo de espera, a partir do dia 1º de outubro”, ressaltou.
Conforme o Defensor Público-Geral, Carlos Eduardo Monteiro, o momento é um grande passo para garantir uma resolução aos pacientes oncológicos. “Saímos com a esperança renovada e a certeza de que estamos mais perto de resolver um problema complexo do Estado de Alagoas que é a oncologia. Claro que esta obrigação não pertence só ao Estado, outros entes têm que participar, mas estamos convictos que foi dado um grande passo hoje para a solução deste grave problema que é a falta de tratamento e acompanhamento dos pacientes oncológicos”, encerra.
/Redação, com Ascom DPE