Censo: 60% dos alagoanos se consideram pardos; 29%, brancos; e 9%, pretos

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Redação*

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira, 22, os dados de cor ou raça para o Censo 2022. Os resultados estão acessíveis a toda população e trazem números que vão desde o nível Brasil até o recorte por municípios.

A identificação por cor ou raça é feita a partir da autodeclaração do informante durante a entrevista com o recenseador e compreende cinco categorias (branca, preta, amarela, parda e indígena).

Acima da média nacional e regional, Alagoas tem mais da metade (60,4%) da sua população identificada como parda. Em todo o estado, há quase 1,9 milhão de pardos – ou, em números absolutos, 1.887.865 pessoas. A média nordestina é de 59,3%.

Brancos são o segundo maior grupo (29,3%) do estado e somam 915.400 pessoas. Em seguida, pretos (9,6%), indígenas (0,8%) e amarelos (0,2%) compõem as demais categorias étnico-raciais de Alagoas.

Dos 102 municípios alagoanos, apenas Pariconha, marcado pelo maior e mais expressivo pertencimento étnico indígena do estado, não tem predominância da população parda. Nos demais, o percentual de pardos vai de 54,37% (Maceió) até 78,18% (Água Branca).

Parda é a cor ou raça predominante em 95,9% dos municípios nordestinos, região com o segundo maior percentual desse grupo no país, atrás do Norte (67,2%).

O município com maior porcentagem de pessoas autodeclaradas brancas é Chã Preta (36,7%), que é seguido por Ibateguara (35%) e São Sebastião (35%). A capital Maceió está na 7ª posição do ranking, com cerca de 34% de população branca.

A maior proporção de pessoas pretas está em Palestina, onde estes representam 20,42% da população total e são o segundo maior grupo étnico-racial do município. Palestina, conforme já divulgado por outros dados do Censo 2022, também possui a maior proporção de pessoas que se consideram quilombolas no estado – quase 34% da população total.

O maior percentual de amarelos (asiáticos) está em Jacuípe (0,9%) e a maior proporção de pessoas que se declaram de cor ou raça indígena está em Pariconha (45,4%).

População preta é a mais envelhecida do estado

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