Perda de validade: 39 milhões de vacinas da gestão Bolsonaro são queimadas

Foto: Reprodução

Mais de 39 milhões de vacinas contra a covid-19 foram incineradas em 2023 por perda de validade, de acordo com dados apurados pelo portal g1. O prejuízo estimado é de R$ 1,4 bilhão.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga suposta improbidade administrativa cometida por governo Bolsonaro devido à destinação tardia das doses, que alcançaram a data de validade sem serem aplicadas.

O total de doses incineradas equivale a 5% do estoque do país, mais do que a taxa comum de descarte de medicamentos, que é de 3%.

“Isso é um desperdício. Em cálculos de administração de estoque, você aceita quebra de até 3%, isso é o máximo. Me assusta ver a quantidade de produtos bastante caros que acabaram sendo jogados na lata do lixo”, afirmou Gonzalo Vecina, médico sanitarista especialista em logística de saúde que foi presidente da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A atual gestão do Ministério da Saúde disse ao portal que herdou 157,9 milhões de itens de saúde que venceriam até o mês de julho, o que corresponderia a R$ 1,2 bilhão, e que estabeleceu um comitê para monitorar e mitigar as perdas.

Improbidade administrativa
O crime apurado pela PGR classifica-se pela ação de agentes públicos que causam prejuízo ao dinheiro do Estado. Investiga-se se a responsabilidade pelo vencimento das vacinas pode ser atribuída ao governo anterior.

Sabe-se que a gestão demorou para comprar as doses, ao mesmo tempo em que o então presidente recusava publicamente a imunização. Bolsonaro tem 9 pedidos de indiciamento requeridos pela CPI da Covid, que investigou as ações de seu governo durante a pandemia.

/CorreioBraziliense

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