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Na escala 6×1, os funcionários trabalham durante seis dias, garantindo um dia de folga. Geralmente, a carga horária se distribui entre 6 ou 8 horas de trabalho por dia, de segunda a sexta-feira, e 4 horas aos sábados. Assim, o total de dias de folga varia conforme o número de domingos e feriados no mês específico.
Entretanto, essa escala de trabalho tem enfrentado críticas e gerado protestos entre os trabalhadores que sofrem com seus efeitos negativos. No TikTok, o movimento “Pela Vida Além do Trabalho” (VAT) pede por uma revisão na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
De acordo com o VAT, a escala 6×1 é uma das principais responsáveis pela exaustão tanto física quanto mental dos trabalhadores, além de prejudicar até mesmo suas relações familiares. Esse ritmo de trabalho eleva os riscos de acidentes laborais e doenças ocupacionais, contribuindo também para o aumento do estresse, depressão, ansiedade e o desenvolvimento da síndrome de burnout.
O objetivo do movimento para 2024 é levar a pauta ao Congresso. Até o momento, o projeto recebeu apoio de políticos como os deputados federais Glauber Braga (PSOL-RJ) e Erika Hilton (PSOL-SP).
A precarização da vida
Criado em setembro por Ricardo Azevedo, o VAT tem mais de 131 mil seguidores e supera 1 milhão de curtidas no TikTok. Azevedo vivia a jornada 6×1 que é a mesma de tantos brasileiros que atuam no setor de varejo e serviços.
“Como nós estamos vendo isso e não fazendo nada?”, questionou Azevedo em um post no TikTok em setembro. Na época, ele trabalhava como balconista em uma farmácia e havia acabado de ouvir da chefe que precisaria entrar mais cedo que o combinado no dia seguinte à sua folga.
Esgotado pela carga de trabalho, que não foi reduzida nem mesmo na fase mais crítica da pandemia, Azevedo resolveu gravar o desabafo.
“Publiquei e fui trabalhar”, lembra. Só depois do expediente ele viu que tinha viralizado. Boa parte dos milhares de comentários concordavam que a escala 6×1 não permite aos trabalhadores uma vida fora do trabalho.
Entre um vídeo de TikTok e outro, ele afirma: “Nós temos que fazer a revolução”.
/Com informações da UOL