Defesa Civil exige que Braskem realize com urgência estudo das minas 20, 21 e 29

Foto: Reprodução

Redação*

A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil solicitou que a Braskem realize, de maneira urgente, o estudo de sonar das minas 20, 21 e 29, pois estão dentro da área de influência da mina 18. As três minas não estão preenchidas e nem pressurizadas e, por isso, tornam-se regiões vulneráveis e propícias ao desabamento.

Segundo o órgão, a mina 35 encontra-se pressurizada com água e possui baixo risco de sofrer algum evento geológico. “O evento que ocorreu na mina 18 pode ocorrer em qualquer mina que esteja fora da cama de sal e sem preenchimento. Porém, o monitoramento não indica essa possibilidade no curto prazo. Só saberemos a real situação das minas 20,21 e 29 após a realização do estudo de sonar”, explicou o coordenador da Defesa Civil de Alagoas, coronel Moisés Melo.

Ainda segundo Moisés, a Defesa Civil tem acesso aos laudos técnicos, relatórios, dados e informações passadas pela Braskem. A petroquímica também estaria contribuindo para o processo de apuração das causas do evento da mina 18 que colapsou em dezembro de 2023.

O coronel também ressaltou que a Defesa Civil Estadual tem atuado junto ao Ministério Público Estadual e Federal, além do Judiciário, na busca de subsidiar com informações técnicas as ações de fiscalização, cobrança e punição dos responsáveis pela exploração do solo pela Braskem. “Todas as informações técnicas e laudos, são encaminhados para os órgãos competentes, a fim de que todas as providências para responsabilização dos culpados sejam adotadas”, destacou.

A Defesa Civil está apoiando os estudos realizados pelos pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em relação à qualidade da água e à movimentação do solo abaixo da laguna. Quanto à situação atual da mina 18, o coordenador da Defesa Civil Estadual disse que a movimentação que se observa é a de compactação do solo e a formação do ângulo de repouso.

Já em relação à Operação Lágrimas de Sal, deflagrada pela Polícia Federal para investigar as ações da Braskem, o coronel Moisés disse que o órgão estadual ainda não recebeu nenhum comunicado para contribuir com o andamento do caso. “Estamos sempre à disposição para ajudar os moradores afetados e contribuir para que a Braskem seja responsabilizada pelo mal que causou no estado de Alagoas”, disse.

/Agência Alagoas

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