A mulher que acusa Daniel Alves de agressão sexual deu uma declaração de 1h15 ao juizado de Barcelona, na Espanha, nesta segunda-feira (5), primeiro dia do julgamento do caso.
No depoimento, ela confirmou a versão que já havia dado em 20 de janeiro de 2023, de que foi estuprada e agredida pelo jogador brasileiro no banheiro de uma área VIP da discoteca Sutton, em 30 de dezembro de 2022.
Para impedir que a denunciante tenha dados e imagens expostos publicamente, a Audiência de Barcelona anunciou uma série de medidas restritivas. As pessoas que acompanham o julgamento presencialmente foram retiradas da sala, e o sinal de streaming interno disponível para jornalistas foi interrompido.
A voz e a imagem da mulher foram alteradas para evitar que os arquivos da Justiça Espanhola tenham elementos que permitam identificá-la. Um biombo impediu qualquer contato visual entre ela e Daniel Alves durante o depoimento.
Amiga chora e é pressionada por defesa
Uma amiga da denunciante que estava na Sutton naquela noite de 30 de dezembro de 2002 também prestou depoimento. A jovem falou por cerca de meia hora e chorou bastante ao relatar sua versão dos fatos ocorridos na discoteca. Ela precisou interromper a declaração duas vezes devido ao choro intenso.
A mulher afirmou que a denunciante foi encontrada “chorando inconsolavelmente”. “Nunca a tinha visto chorar assim na minha vida”. A testemunha explicou também que a amiga repetia “ele me machucou muito, ele me machucou muito”. “No final, nós três choramos porque não sabíamos como reagir”, disse, se referindo à denunciante e à prima dela, que estava junto das duas naquela noite.
Ela queria ir embora e eu disse para ela não ir; que ela tinha que denunciar.
“Eles não vão acreditar em mim”, teria insistido a mulher. Depois de muito conversar com a amiga, ela teria decidido ir ao hospital fazer um exame de corpo de delito.
/UOL