Bolsonaro, Cid e deputado são indiciados por fraude em cartões de vacina

*Redação

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta terça-feira (19), o ex-presidente Jair Bolsonaro por fraude em cartão de vacinação para covid-19 e associação criminosa. Além de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que era seu principal ajudante de ordens, e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB) também integram a lista de indiciados pelos dois crimes. Contra Cid pesa ainda a acusação pelo crime de uso de documento falso.

O indiciamento significa que a PF entendeu já constar elementos suficientes para apontar responsáveis por um crime. O caso segue para as mãos do Ministério Público Federal, que decide se apresenta denúncia à Justiça ou arquiva a apuração. Bolsonaro e os demais envolvidos figuram oficialmente como investigados no inquérito.

O crime de associação criminosa prevê pena de 1 a 3 anos de prisão e o de inserção de dados falsos em sistema de informações, de 2 a 12 anos.

Os dados atuais do Ministério da Saúde, que aparecem no cartão de vacinação, apontam que o ex-presidente se vacinou em 19 de julho de 2021 na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Peruche, na zona norte de São Paulo. A CGU, no entanto, constatou que Bolsonaro não estava na capital paulista nessa data e que o lote de vacinação que consta no sistema da pasta não estava disponível naquela data na UBS onde teria ocorrido a imunização.

Em seu perfil na rede social X, antigo Twitter, o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, criticou a divulgação do indiciamento. “Vazamentos continuam aos montes, ou melhor aos litros. É lamentável quando a autoridade usa a imprensa para comunicar ato formal que logicamente deveria ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial”, escreveu.

Além de Bolsonaro, Cid e Reis, a lista montada pela PF ainda apontam outras 14 pessoas como parte do esquema e, portanto, indiciados. São eles:

/com agências

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