Reitor da Ufal recebe comando de greve dos servidores técnicos

Foto: Ascom Ufal

O reitor Josealdo Tonholo recebeu, na manhã desta quarta-feira (20), o comando da greve dos servidores técnico-administrativos, liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal).

Além de se posicionar favorável ao movimento, após diálogo aberto e franco, o gestor decidiu tornar sem efeito o Ofício Circular Conjunto nº 02/2024, que tratava, entre outras coisas, do dimensionamento do trabalho e da garantia da manutenção dos serviços considerados essenciais.

Nesse mesmo momento, foi formada uma comissão para elaborar novo documento que vai estabelecer procedimentos em relação ao movimento grevista. A reunião para discutir essa pauta está marcada para amanhã, quinta-feira (21), com representantes do comando de greve, dos diretores de unidades acadêmicas, de gestores do Hospital Universitário  e da Reitoria da Ufal.

Tonholo considera que o momento vivido pelos servidores técnicos das universidades federais, de uma maneira geral, é muito delicado devido ao cenário que está posto, em relação à questão salarial, à falta de infraestrutura e condições dignas de trabalho.

“Este é um movimento justo e que tem todo nosso apoio, enquanto servidor e gestor da instituição. Deixo claro meu posicionamento a favor do movimento e tenho plena certeza de que, como gestor, sempre busco a construção e diálogo aberto”, assegurou.

O reitor também chamou a atenção para um dos pontos da pauta de reivindicações do movimento grevista no âmbito nacional, que é a reestruturação da carreira dos técnicos.

“Essa questão é importantíssima e vai impactar positivamente na nossa Universidade. O aprimoramento do PCCTAE [Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação] é muito necessário porque vai corrigir vários gargalos relacionados à progressão, qualificação, valorização e outras questões”, completou.

Sobre o Ofício Circular Conjunto 02/2024, o pró-reitor de Gestão de Pessoas, Wellington Pereira, revela que o documento foi baseado na Instrução Normativa IN nº 49/2023, que atualizou a IN nº 54/2021.

“Nossa intenção não foi punir servidores que aderirem à greve, muito pelo contrário. Trouxemos para a gestão o direcionamento dos desdobramentos do movimento, o qual apoiamos”, explicou.

A diretora da escola de Enfermagem, Cícera Albuquerque, decana da Universidade, disse que a instituição está coesa com o movimento grevista dos servidores técnicos e a comissão formada vai elaborar o novo documento defendido pelo comando de greve e demais participantes da reunião desta quarta-feira.

Além da coordenadora-geral do Sintufal, Nadja Lopes, outros servidores que compõem o comando de greve dos técnicos se posicionaram contrários ao ofício emitido pelo GR.

Eles consideram que o novo documento vai corrigir possíveis situações que davam margem a interpretações equivocadas do processo de greve, que é um movimento nacional.

/Assessoria

Sair da versão mobile