“Estamos aqui para resistir à decisão arbitrária da prefeitura”, diz morador em protesto nos Flexais

Nycole Melo

Os moradores dos Flexais de Baixo e de Cima, na capital alagoana, voltaram a protestar nesta segunda-feira (15) contra a prefeitura de Maceió, exigindo relocação e indenização justa. O bairro segue isolado socialmente desde o crime ambiental provocado pela Braskem.

Desta vez, a administração municipal pretende fechar uma via importante do Flexal de Cima para iniciar uma obra de revitalização no bairro, que, segundo os protestantes, deve durar mais de um ano. Porém, devido às fortes chuvas que têm atingido a capital alagoana, a alternativa a essa via em reforma, que seria a parte debaixo do bairro, fica inundada e impossível de transitar, o que dificulta ainda mais o trânsito naquela localidade.

Inconformado com a situação, o líder comunitário Antônio Silva, mais conhecido como Sassá, questiona a falta de planejamento do prefeito JHC (PL) ao realizar as obras sem considerar o impacto na população.

“Fechar uma rota de fuga sem fornecer alternativas viáveis é simplesmente ditatorial. Como podemos abordar essa situação? Como podemos auxiliar os idosos, os cadeirantes e os deficientes a se locomoverem? Estamos totalmente isolados e sem opções”, declarou à reportagem.

Mesmo sob a chuva e em meio à área alagada, os moradores levantaram cartazes com mensagens que lembravam o crime da Braskem, acompanhados por gritos de resistência.

“Estamos aqui para resistir a essa decisão arbitrária da prefeitura de Maceió, liderada por um prefeito que parece mais interessado em exercer poder do que em servir à população”, finalizou o líder comunitário.

 

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